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Museu do Trabalho (Setúbal) Traditional Geocache

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Albon_: The end.

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Hidden : 1/16/2011
Difficulty:
2.5 out of 5
Terrain:
1.5 out of 5

Size: Size:   other (other)

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Geocache Description:



     Museu do Trabalho Michel Giacometti

 

     A colecção etnográfica que, posteriormente, viria a dar origem ao Museu do Trabalho teve o seu início após a revolução de 25 de Abril de 1974, estando directamente ligada a esta. No Outono de 1974, a situação dos jovens que tinham terminado os estudos secundários apresentava-se conturbada, existia um incremento bastante significativo de candidaturas ao ensino superior, às quais não havia forma de dar resposta. Assim em Fevereiro de 1975 foi instituído o Serviço Cívico Estudantil (SCE), que em Maio do mesmo ano já contava com cerca de quinze mil jovens inscritos; No âmbito deste projecto, Giacometti apresenta a proposta de criação de um Centro de Documentação Operário-Camponês e do Museu do Trabalho com o intuito de “documentar a vida e a luta do nosso povo”. Este seu projecto era inspirado no programa francês de educação popular “Travail et Culture”, surgido no pós guerra e o qual contava com a participação de investigadores do Musée de l´Homme; A realização destes projectos propostos teria como base uma acção de recolha etnografia, à qual Giacometti denominou de Plano de Trabalho e Cultura. Este Plano surgia assim com a missão “de recolher os testemunhos vivos do trabalho e da luta de classes do povo português em geral, contra o fascismo e a exploração capitalista”.

Museu do Trabalho

     O Plano de Trabalho e Cultura tinha delineado como objectivos: “a recolha de literatura popular, de música regional, de instrumentos musicais, de cultura material, de medicina popular, a realização de campanhas de educação sanitária, de programas de animação sociocultural e a colaboração em trabalho úteis às populações de modo a favorecer o associativismo e cooperativismo”.

     No início do Verão de 1975, aos 152 estudantes convocados foi ministrado um curso inicial, de 8 dias, de forma a prepará-los para aquelas que iriam ser as suas tarefas durante os próximos meses. Destes jovens somente 124 estudantes estiveram em operações no terreno, distribuídos por 32 equipas (as brigadas) que realizaram trabalhos de pesquisa sobretudo na região a Norte do rio Tejo.

     Durante três meses estes 124 estudantes, em regime de voluntariado, portanto sem auferir a qualquer remuneração, estiveram em cerca de 90 localidades portuguesas, realizando um significativo trabalho de pesquisa e recolha etnográfica, contactaram com os habitantes destas localidades, colaboraram com estes nas mais variadas tarefas (construção de centros de recreio, tarefas agrícolas, etc.), não beneficiando, por vezes, das melhores condições.

     No final desta “aventura etnográfica” foram recolhidas mais de 1200 alfaias, ferramentas e instrumentos agrícolas, de pesca e das mais diversas artes e ofícios, sendo algumas das peças doadas outras compradas. Foram efectuados cerca de 3000 registos sonoros de contos, lendas, orações, rezas, provérbios, entre outros. Os cidadãos foram inquiridos relativamente às condições de saúde e higiene pública e foram realizadas campanhas de educação sanitária; A realização desta recolha, sob a orientação de Michel Giacometti, teve o apoio de algumas instituições tais como o Ministério da Comunicação Social, Inatel, FAOJ, Câmaras Municipais e Juntas Distritais e da Fundação Calouste Gulbenkian.


      Após a exaustiva recolha etnográfica realizada pelos jovens do Serviço Cívico Estudantil tornou-se fundamental dar continuidade ao trabalho que tinha sido efectuado iniciando-se assim o processo de criação do Centro de Documentação Operário - Camponês e do Museu do Trabalho.

     Ainda no decorrer do ano de 1979 é assinada a escritura da fundação destes dois projectos junto ao Convento de Jesus em Setúbal, contudo, imediatamente no ano seguinte o Centro de Documentação é extinto pelo INATEL, instituição detentora da colecção recolhida pelas Brigadas. Com a extinção do Centro, as peças são doadas pelo INATEL ao Município de Setúbal.

     Durante 9 anos a colecção etnográfica de Michel Giacometti ficou depositada no antigo Convento de Jesus, sede do Museu de Setúbal, sendo, portanto, adiado o projecto da criação do Museu do Trabalho.

     Em 1986, foi equacionada a hipótese desta colecção etnográfica vir a integrar-se na colecção do Museu de Setúbal, no entanto, esta possibilidade foi prontamente rejeita visto esta instituição museológica estar vocacionada para a Arte e História, temáticas às quais a colecção Giacometti não se enquadrava perfeitamente. Contudo, o valor inegável da colecção Giacometti tornava insustentável o continuado adiamento da fundação de um Museu no qual estas pudessem ser expostas, permitindo o usufruto público destas peças.

     Assim, em 1987, a Câmara Municipal de Setúbal compromete-se a concretizar o projecto do Museu do Trabalho.

     Neste mesmo ano é realizada, ainda nas instalações do Museu de Setúbal/ Convento de Jesus, uma exposição intitulada “O Trabalho faz o Homem”, na qual foram expostas as peças recolhidas pelos jovens brigadistas. Através desta primeira exposição são delineadas a vocação do futuro Museu, os seus objectivos, a sua acção museológica.

     Depois desta exposição foram realizadas outras, em vários locais da cidade, acerca de profissões desaparecidas, arqueologia industrial, como, por exemplo, “Trabalho dos Tecidos”, “Trabalho dos Metais”, “Lojas Antigas de Setúbal” e “Da Lota à Lata”. Tornava-se, portanto assim, cada vez mais real e irreversível o processo que levaria à aguardada criação do Museu do Trabalho, obra tão ambicionada por Giacometti e para a qual tinham surgido tantos entraves.

     No ano de 1991, a Câmara Municipal de Setúbal adquire a Fábrica de Conservas Perienes e inicia, com a comparticipação de fundos comunitários, um processo de recuperação do edifício da antiga fábrica tendo em vista o objectivo de que este edifício vir a ser o futuro Museu do Trabalho, que após a morte de Giacometti em 1990 passou a denominar-se Museu do Trabalho Michel Giacometti, procurando assim prestar homenagem àquele que tinha sido o seu fundador.

     No dia 18 de Maio (Dia Internacional dos Museus) de 1995, é inaugurado o Museu do Trabalho Michel Giacometti, em Setúbal, naquele que tinha sido o edifício da antiga Fábrica Perienses.

     Para além das colecções presentes no Museu do Trabalho Michel Giacometti, existem dois núcleos externos ao museu: a Reserva Etnográfica e a Reserva Industrial.

 

     O Museu pode se visitado:

     - Horário de Inverno (16 Setembro a 18 Maio) - de Terça a Sexta, das 09h30 às 18h00, Sábado e Domingo, das 14h00 às 18h00

     - Horário de Verão (18 Maio a 15 Setmebro) - de Terça a Sexta, das 09h00 às 18h00, Sábado das 20h00 às 24h00

     Exposições permanentes: “Mercearia Liberdade – Um património a salvaguardar” (reconstituição); Exposição sobre a colecção etnográfica Michel Giacometti “Ao Encontro do Povo”; Indústria Conserveira “Da Lota à Lata – Reconstituição de Cadeia Operatória do Fabrico de Conserva”.

A cache: Por favor levem material de escrita.

CUIDADO AO RECOLOCAR A CACHE PARA QUE ELA NÃO CAIA.

 

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Additional Hints (Decrypt)

Craqhenqn ab neohfgb.

Decryption Key

A|B|C|D|E|F|G|H|I|J|K|L|M
-------------------------
N|O|P|Q|R|S|T|U|V|W|X|Y|Z

(letter above equals below, and vice versa)