Introdução:
.... .- -. ... / .--. .- .-. .- / --- - - --- / .---- ..--- ----- ----- / -...- / ..--- -.... ..... / -...- / .... -.. .... / --- .... -- .-.-.. .-.-.. --. -.-. -.- . .-- / .. .- .--- -... ..- / .- .-. . ...- -... / ..-. .... --.. -.. --- / - --. ..- .- ..-. / -.. -. --- -.-- --- / -..- .-. -... -... --. / .-. -.-- --. -. .. / --. --. .-- -.. .--. / .-. ... . ..- ..-. / -.. - .-.. -.- .-- / --- ...- ... .-. ... / -..- -- .. -.. .-.. / --.- .--. -.-- . .... / --- -- . --. -- / .-. --.- .-- -.-. .-- / -.- -.-. --. -..- .--- / .- .. .--. .-. --. / -. .. .-- ...- --- / .... - .-. .-- . / --.. --. --.. . .- / -.-- .... -..- - ..-. / .-- .--. .- .. .-.. / .... --. . - -..- / -.-- . -.. ..-. .-. / -.-- .-- -... -... ... / -- ..-. .--. -. ... / ..-. . .--- ...- --- / - --.- --.- .--. --.- / --.. ..- . .- . / .--- ..-. -.-- --- .... / .-. .. --.. -..- --.. / ...- -. .-- .. -.- / -... .-. .--- -.. -.. / - .--. .--- .-.. -... / . .--. --- .-.. .-.. / - ...- .-- .. --- / . - -. .- ... / - -.- -. ..-. --.- / .--. --.. -.- --. --- / --.. .--. -.-- .--- --- / .-. -.-. .... ..- ..-. / .-.. .- -. -... --.- / -- -..- .--- ..- -.-- / -... . --- .- .- / -..- .--. ..- .--- -- / .-.. --.. -... ..-. .-. / ... .-.. ...- -.-. . / -..- .. --- . .-. / --. ...- . ..- ...- / --.. --.- . --.- . / ... .-.. -.. .-.. ... / .-- .--- . .--- .--- .-.-..
Em Janeiro de 1942 Hans Hahn, então com 25 anos, foi destacado da sua cidade natal, Heidenheim an der Brenz, para vir a Portugal acompanhar o acordo Portugal-Alemanha sobre o comércio de volfrâmio e ficar no território posteriormente.
Nesse acordo fica decidido que Portugal procurará fornecer 3000 toneladas anuais de volfrâmio, a uma média de 250 toneladas por mês, a 150$00 por quilo. Em troca, receberá dez mil toneladas de sulfato de amónio, 300 vagões de caminho de ferro de 15 toneladas, tambores e máquinas e 60 mil toneladas de ferro e aço a preços de antes do início da guerra.
A sua missão era supervisionar a exploração mineira de volfrâmio e recolher o máximo de informação sobre os espiões aliados que operavam na zona. A sua paixão e interesse pela química, devido à influência do tio Otto Hahn e também pela geologia abriram-lhe as portas para uma carreira nas minas. Ao contrário do seu primo Hanno Hahn que se dedicou às artes, Hans era um homem da ciência. Este interesse despertou a curiosidade dos serviços secretos durante o serviço militar obrigatório. Assim tornou-se espião tendo uma vida dupla desconhecida dos seus familiares. Em Portugal veio de início para as minas de Regoufe, mas depois de passar pelas minas da Borralha e dos Carris veio para Barcelos para prospecção de jazidas de minério numa nova e promissora zona. Esta deslocação teve dois propósitos: a promoção por ter passado um ano nas agrestes condições da serra do Gerês e assim estar mais perto da beira-mar para uns dias de sol, e o mais importante, espiar os movimentos marítimos e rodoviários entre o Porto e a Galiza.
Passaram-se entretanto 3 anos e Hans Hahn desenvolveu uma teia de contactos na mineração e comercialização de volfrâmio em Portugal. Com o tempo minou o mercado e conseguiu sabotar a exportação do minério para Inglaterra com recurso ao afundamento do transporte marítimo. Também explorou a vertente comercial especulando com os preços de venda aos ingleses.
Após o decreto do governo português de Junho de 1944 em que é decidido acabar com as exportações do volfrâmio para a Alemanha e encerramento das minas, a tarefa de Hans é alterada. Agora teria que fomentar o aparecimento de "pilhas" nas minas inglesas. Estes eram mineiros ilegais e muitas das vezes eram agricultores que tinham pequenas explorações mineiras. Igualmente organizava o desvio dos pagamentos ingleses, em ouro, para financiar as suas actividades.
Como forma de homenagear o seu tio escolheu Otto como nome de código.
GCSSF ZTWUZ BLWJN AYAKL XYLOZ
Devido a um acontecimento não favorável para Hans este foi preso devido a denúncia. Estes são os documentos que tinha na sua posse na altura da sua detenção a 22 de Maio de 1945. Por facilidade a maior parte da correspondência de e para Otto é redigida em português.

|