Laje
das Amonites
O Cabo Mondego é um verdadeiro livro da História Geológica do
período Jurássico, entre os 185 e os 120 M. A. (milhões de anos). A
Rota do Jurássico é um conjunto de earthcaches que lhe vão dar
oportunidade de “viver” nos tempos em que os
Megalossáurios calcorreavam este litoral. Ao longo de cerca de 2 km
de arriba, poderá ver sucederem-se diversos paleoambientes,
resultado de regressões e transgressões marinhas ocorridas nesta
zona, apreciar as formações e as estruturas de origem sedimentar,
observar muitos registos fósseis, animais e vegetais,
impressionar-se com as forças tectónicas que ergueram e inclinaram
as bancadas calcárias, enfim, arrebatar-se com a presença de um
verdadeiro tesouro super-antiquíssimo. Um tesouro único, que temos
à nossa disposição e que é de todos nós. Tome atenção especial à
sua preservação – se quiser levar alguma recordação para casa
(rochas, fósseis, etc.) leve-a na máquina fotográfica/GPS ou
telemóvel.
E se trouxer algum saco de plástico faça um CITO (cache in trash
out)!
Observa-se
neste local uma série constituída por calcários margosos e
micríticos bioturbados que alternam com margas
“xistentas” de cor cinzenta-azulada. Alguns níveis
revelam-se muito fossilíferos com espécimes de amonites,
belemnites, braquiópodes e lamelibrânquios, sendo também frequentes
fósseis piritosos. A sedimentação é monótona, repetitiva e
característica de ambientes marinhos.
A laje das
amonites é o limite entre o Batoniano e o Caloviano, os dois
últimos andares do Jurássico Médio ou Dogger (168-165 Milhões de
anos). Uma lage riquíssima em amonites (fig.2).
Com morfologia
idêntica aos nautilóides , os amonóides surgiram no Devónico
inferior, há cerca de 400 Ma. Prosperaram em todos os mares nos 340
Ma que se seguiram, tendo desaparecido bruscamente no final do
Cretácico.
A evolução
rápida dos amonóides, a sua abundância e a sua vasta distribuição
geográfica fazem deles excelentes fósseis estratigráficos para o
Mesozóico, permitindo datar rochas com erro inferior a 1 Ma. São
fósseis de idade por excelência! A presença de amonites permite uma
datação relativa de toda a série sedimentar da região, por vezes
com uma fiabilidade à volta dos 200 mil anos. Este exercício é
importante na correlação com outros locais da Bacia Lusitana e
mesmo com outras posições do Globo terrestre, possibilitando
contar, passo a passo, as mudanças paleoambientais operadas no
Planeta Terra durante o período Jurássico.
Externamente,
nos amonóides, podem-se observar linhas de sutura que correspondem
aos bordos ondulados dos tabiques, o que permite classificá-los. As
suturas podem ser simples (como nos exemplares paleozóicos), ou
complexas (comuns no Mesozóico). Tinham dimensões muito
variáveis, desde alguns centímetros a um metro de
diâmetro.
As amonites
viviam nos mares e eram carnívoras. Usavam os seus tentáculos como
pés para se deslocarem.
Pensa-se que
deslizavam no fundo marinho, mas teriam também a capacidade de
nadar activamente com a cabeça voltada para trás.
Constituem
fósseis abundantes nas rochas carbonatadas do Jurássico inferior,
médio e do Cretácico superior do Baixo Mondego.
Amonóides:
Subclasse Ammonoidea, Classe Cephalopoda, Filo Mollusca
http://divulgarciencia.com/categoria/amonites/
http://www.flickriver.com/photos/tags/amonites/interesting/
http://fossil.uc.pt/pags/fbm_amonoides.dwt
Formações
carbonatadas do Jurássico inferior e médio da região da Figueira da
Foz: do afloramento ao mundo invisível das rochas” de Luís
Victor Duarte & Sandra Dolores Rodrigues in
“As Ciências da Terra ao serviço do ensino e do
desenvolvimento – O exemplo da Figueira da Foz” (2006);
Edição: Kiwanis Clube da Figueira da Foz
Atenção:Para
proceder ao log terá que me enviar por e-mail, a medida do diâmetro
vertical da amonite localizada nas coordenadas
indicadas.
Slab of ammonites
The Cabo
Mondego is
a true
book of
Geological History of
the Jurassic period, between
185 and
120 M.
A. (million
years). “Route of
Jurassic” is a set of
earth caches that will give you the opportunity to "live" in
the days when the Megalosaurs walked over
this coast. Over
about 2 km of cliff you can see
different paleoenvironments result of marine
transgressions and regressions occurred in this
area, examine the sediment formations,
observe many
records fossils,
impress themselves with the limestone strata that were tilted by
tectonic forces and finally to feel a
super-ancient
real treasure. It’s a unique treasure
that we have
at our disposal
and that belongs
to all of us. Take special care to preserve the environment -
if you want to
take home some souvenir (rocks, fossils,
etc.), take it
in your camera
/ GPS
or mobile phone.
And if
you bring a
plastic bag,make
a CITO
(cache in
trash out)!
With an identical morphology to nautiloides, the
ammonoids appeared
in lower Devonic, 400 Million years ago. They prospered in all the
oceans in the 340 Million years that followed, and it became
abruptly extinct at the end of Cretacic.
The fast development of ammonoids, their abundance and
their wide geographical
distribution make them excellent stratigraphic fossils for the
Mesozóic and let us date rocks with a less than a million year error. They are age
fossils par excellence! The presence of ammonits makes a
relative dating of all sedimentary series of the
region possible, sometimes with a reliability of 200 thousand
years. This exercise is important in the correlation with other
places of the Lusitanic Bay and even with other sites of Earth; it
gives us the possibility of telling, step by step, the
paleo-environmental changes occurred in our Planet during Jurassic
period.
Externally, in ammonoids, it is possible to observe suture
lines that correspond to the wavy edges of partitions, which make
their classification possible. Sutures can be simple (like in the
Paleozoic species) or complex (common in Mesozoic). They have
varied dimensions since some centimeters to a meter of
diameter.
The ammonites lived in the seas and they were carnivorous.
They used their tentacles like feet for locomotion.
It is thought that ammonites slid in the seabed, but they
already had the capacity of swimming with the head facing backwards.
There are many fossils in the rocks of
lower and medium Jurassic, and of the upper cretacic in the lower
Mondego valley.
Ammonoides:
Subclasse Ammonoidea, Classe Cephalopoda, Filo Mollusca
ATTENTION: To log your found
you must e-mail me the measure of the vertical diameter of the
ammonite placed at the given coordinates.