Mais uma
História, Mais uma grande vista.
A cache
não se encontra nas coordenadas iniciais.



Este cruzeiro tem uma particularidade muito
interessante, segundo reza a história foi mandado erguer em 1945
por Agostinho Gralheiro que naquela altura era chamado o rei do
minério e porquê? Fica aqui o relato:
“Como capataz de
minas, conviveu com as terras esventradas por todo o Maciço da
Gralheira, da Arada à Serra da Freita e em outros locais das
entranhas trasmontanas. O seu talento e sorte na descoberta de
filões (veios de minério) eram reconhecidos pelos melhores
concessionários. Com o fim da Grande Guerra, os preços do volfrâmio
sofreram uma enorme queda. Agostinho Gralheiro tentou de novo a sua
sorte, em Lisboa, nos Caminhos de Ferro, onde trabalhou alguns
anos. Mas o cordão umbilical deixara-o ele preso nas dobras dos
montes da sua terra, agarrado a pedras brilhantes que se
estilhaçavam em lembranças e saudades. O minério tinha-se tornado
um fascínio, sonho e pesadelo que haveria de perseguir os passos de
uma existência de constante esforço, trabalho duro, risco exigente,
poder de aventura e fantasia, capacidade e gosto de viver
intensamente, uma inquietude a desdobrar-se em contrastes, a
desdobrar-se em apetites de altos voos. E uma inteligência e
argúcia verdadeiramente notáveis. Quando o volfrâmio começou de
novo a dar lucros, regressou à Serra, para viver uma época áurea. A
sua fama foi crescendo. A admiração e o respeito pelo nome «
Gralheiro» espalhou-se por uma vasta região e, a par de um muito
peculiar sentido de liderança e êxito financeiro, mereceram-lhe o
apelido de «Rei do Minério». O alvoroço e euforia, que a procura de
minério trouxe a estas paragens, proporcionaram significativa
melhoria às difíceis condições de vida de muita gente, que
demandava a Serra em pequenos ou grandes grupos, tentando arranjar
trabalho e enriquecer em pouco tempo. Entretanto, principalmente
nas décadas de trinta e de quarenta, devido à Guerra Civil de
Espanha e à Segunda Guerra Mundial, era grande o interesse
internacional por toda esta actividade ligada ao volfrâmio, que
contava com agentes de vários países, muito em especial oriundos
dos protagonistas da contenda: Inglaterra e Alemanha. Em 1944, já
perto do fim da guerra, apercebendo-se da aproximação do declínio
nas exportações de volfrâmio, e enquanto poderia usufruir ainda de
bastante lucro, vendeu todos os seus interesses nas minas. A elas
voltaria mais tarde, por pouco tempo, ainda para satisfazer a
paixão pelo minério, que o perseguira toda a vida. Mas a época
áurea tinha passado. Em 1945, grato aos santos da sua devoção e em
cumprimento de uma promessa, mandou erguer em Lubízios, no local
onde encontrara a primeira pedra de volfrâmio, o Cruzeiro da Paz,
que é, simultaneamente, um monumento de regozijo pela paz e vitória
alcançada pelos Aliados, ao lado de quem estivera desde sempre,
através dos seus negócios com os
Ingleses.”
A cache: Nas coordenadas iniciais
terão de retirar a data que está no meio do “V” e fazer
a seguinte conta:
N 40° 53.(Data – 1157) W 008° 02.(Data – 1796)
Contentor com logbook lápis e
regras. Pede-se que deixem tudo exactamente como encontraram. Como
o local é propício para fazer umas flaxadas estejam a
vontade…Mas publiquem-nas.