Uploaded with ImageShack.us
Uploaded with ImageShack.us
Uploaded with ImageShack.us
Implantado num local ligeiramente elevado, ao qual se acede através
de uma pequena escadaria, o Santuário de Nossa Senhora da Esperança
remonta à primeira metade do século XVIII, e é fruto da vontade de
um dos irmãos da Irmandade, que encarregou o seu sobrinho, o cónego
Luís Bandeira Galvão, de edificar esta capela, de dimensões
superiores à primitiva, em terrenos de que era proprietário (SOUSA,
1991, p. 95). É a sepultura armoreada deste cónego, falecido em
1776, que se encontra na capela-mor, com a seguinte inscrição:
SEPVLTVRA / DE LUIS BÃNDEI / RA GALVÃO IN / DIGNO ESCRA / VO DE
MARIA /SSMÃ, SUBTI / TULO A SPE. / OBIIT ANNO / 1776.
A fachada da igreja, é aberta por um arco em asa de cesto de acesso
á galilé, a que se sobrepõe uma janela de sacada com frontão
triangular que interrompe a base do tímpano de remate do alçado. Na
empena encontra-se a cruz, flanqueada por dois pináculos, no
prolongamento das pilastras dos cunhais. Num plano mais recuado, a
torre divide-se em três registos, o primeiro dos quais prolonga o
entablamento do alçado.
Ainda na galilé, conserva-se o revestimento de azulejos de padrão
de fabrico de Coimbra, com figurações diversas - pessoas, barcos,
flores, casas, aves, querubins, etc. Já no interior da capela, o
coro alto separa-se da nave através de uma balaustrada, situada
sobre a porta de entrada. Aqui, ganha especial relevância o órgão,
datado de 1768 e executado por Francisco António Solha.
As paredes da nave são revestidas por um silhar de azulejo,
assinado por Teotónio dos Santos, e que representam cenas de cariz
não religioso, como caçadas, concertos, uma batalha naval,
lavadeiras, etc. A justificação para a presença deste género de
figurações no interior de espaços sagrados permanece, ainda hoje,
por esclarecer, embora alguns autores tenham já adiantado leituras
relacionadas com a efemeridade da vida e a vanitas (PAIS, 1999, p.
101 - Alexandre Nobre PAIS, "O "Theatro Moral de la Vida Humana" no
Convento de São Francisco da Bahia", Oceanos, - Azulejos Portugal e
Brasil, Lisboa, CNCDP, n.º 36/37, Outubro 1998 / Março 1999, p.
101.). Pintor activo na primeira metade do século XVIII, Teotónio
dos Santos foi discípulo de António de Oliveira Bernardes e
estabeleceu uma espécie de "ponte" entre a época dos Grandes
Mestres e a da Grande Produção Joanina (MECO, 1989, p. 442). Este
conjunto, do qual fazem parte ainda os painéis da capela-mor (de
temática idêntica), devem ser enquadrados na segunda fase da sua
carreira (1720-30), época em que desenvolveu trabalhos de superior
qualidade (IDEM, Ibidem).
O tecto da nave, em abóbada de berço de madeira, apresenta pinturas
de motivos sagrados, e o da capela-mor, em caixotões policromados
com motivos vegetalistas; ambos pintados por Pascoal Parente, em
1763 (SOUSA, 1991, p. 96). Também o arco triunfal exibe pintura
mural, e é ladeado por altares de talha dourada, de estilo
nacional, tal como o púlpito e o retábulo-mor.
Por fim, a sacristia apresenta um arcaz, sobre o qual se encontram
pinturas representando episódios da vida da Virgem, e os azulejos
ilustram a Última Ceia e a Entrada de Cristo em Jerusalém.
(Rosário Carvalho)
Para poderem visitar o seu interior que é magnifico devem fazer
esta cache no seguinte horário :

Uploaded with ImageShack.us
Levem algo para escrever e deixem tudo como encontraram.