Nasceu em Lisboa em 13 de Junho de 1908; morreu
em Paris em 6 de Março de 1992. Filha do embaixador Marcos Vieira
da Silva, ficou órfã de pai aos três anos, tendo sido educada pela
mãe em casa do avô materno, director do jornal O Século. Tendo
mostrado interesse, desde muito pequena, pela pintura e pela música
começou a estudar pintura, a partir de 1919, com Emília Santos
Braga e Armando Lucena. Em 1924, frequenta as aulas de Anatomia
Artística da Escola de Belas Artes de Lisboa. Em 1928 vai viver
para Paris, acompanhada pela Mãe, indo visitar a Itália. No
regresso começa a frequentar as aulas de escultura de Bourdelle, na
Academia La Grande Chaumière. Mas abandona definitivamente a
escultura, depois de frequentar as aulas de Despiau. Começa então a
estudar pintura com Dufresne, Waroquier e Friez, participando numa
exposição no Salon de Paris. Conhece o pintor húngaro Arpad Szenes,
com quem casa em 1930, e com quem visitará a Hungria e a
Transilvânia. Em 1935 António Pedro organiza a primeira exposição
da pintora em Portugal, e que a faz estar em Portugal por um breve
período, até Outubro de 1936, após o qual voltará para Paris, onde
participará activamente na associação «Amis du Monde», criada por
vários artistas parisienses devido ao desenvolvimento da extrema
direita na Europa. Regressará em 1939, devido à guerra, já que para
o seu marido, judeu húngaro, a proximidade dos nazis o incomoda,
naturalmente. Ficará em Portugal por pouco tempo, pois o governo de
Salazar não lhe restitui a cidadania portuguesa, mesmo tendo casado
pela igreja. Não deixa de participar num concurso de montras,
realizado no âmbito da Exposição do Mundo Português, que também lhe
encomendou um quadro, mas cuja encomenda será retirada. O casal de
pintores decide-se a ir para o Brasil, até porque as notícias sobre
uma possível invasão de Portugal pelo exército alemão não são de
molde a os sossegar. Em Brasil serão recebidos de braços abertos,
recebendo passaportes diplomáticos, que substituem os de apátridas
emitidos pela Sociedade das Nações, tendo mesmo recebido uma
proposta de naturalização do governo. Residirão no Rio de Janeiro
até 1947, pintando, expondo e ensinando, regressando Vieira da
Silva primeiro que o marido, retido pelos seus compromissos
académicos. É a época em que Vieira da Silva começa a ser
reconhecida. O estado francês compra-lhe La Partie d'échecs, um dos
seus quadros mais famosos. Vende obras suas para vários museus,
realiza tapeçarias e vitrais, trabalha em gravura, faz ilustrações
para livros, cenários para peças de teatro. Expõe em todo o mundo e
ganha o Grande Prémio da Bienal de São Paulo de 1962, e no ano
seguinte o Grande Prémio Nacional das Artes, em Paris, Em 1956,
foi-lhe dada a naturalidade francesa.

A cache: o container é uma caixa de rolo
fotográfico e contém um Logbook e um lápis. Nota: A cache
encontra-se numa zona rodeada por prédios, pelo que vos peço
cautela na sua procura. Peço o favor de NÃO COLOCAR FOTOS DO
CONTAINER NO SITE, pois iria denunciar facilmente a sua
localização.
