Terras de Bouro
- PR5 Trilho da Águia do Sarilhão
Descrição
O
Trilho da Águia do Sarilhão, localizado na freguesia do Campo do
Gerês, possui um património de fortes tradições culturais e
etnográficas. Este trilho pedestre de pequena rota (PR), de âmbito
histórico e cultural, tem uma extensão de 9 km, com cerca de 3
horas de duração e apresenta um grau de dificuldade médio.
Estende-se por terrenos aplanados de um vale alargado, por onde
passa o Ribeiro de Rodas, entre o Museu Etnográfico e a margem
esquerda da albufeira de Vilarinho das Furnas, sendo esta a sua
extremidade Norte. Percorre os aglomerados rurais deste antigo
povoado e descortina, por entre os arruados estreitos, os
espigueiros e habitações com as suas cruzes cimeiras e varandas com
madeiramentos costumeiros abertas ao logradouro.
Do
legado patrimonial realça-se, com distinção, a Via Nova XVIII
(Geira), com passagem pelas milhas XXVII, XXVIII e XXIX e pelo
núcleo de padrões romanos. Nas proximidades da milha XXIX avultam
vestígios indeléveis da trincheira do Campo que, na Idade Média,
serviu de defesa da raia portuguesa nas invasões
hostis.
Inserido
numa importante área do Parque Nacional da Peneda Gerês, este
trilho aproxima-se de outros locais de interesse, como a fraga do
Sarilhão, a Mata Nacional de Albergaria e a extinta aldeia
comunitária de Vilarinho das Furnas.
Geologia e
Geomorfologia
Das
paisagens naturais existentes no Trilho, destaca-se a presença de
vegetação variada que surge intercalada por corpos geológicos e
aspectos geomorfológicos que, muitas vezes, sobressaem pela sua
forma e beleza. Na região, a geologia merece especial referência
pela presença de dois tipos de granito: o granito do Gerês e o
granito da Serra Amarela. Estes granitos, nas imediações do trilho,
encontram-se parcialmente recobertos por terrenos mais ou menos
recentes, tais como: aluviões, areias e cascalheiras e, ainda,
alguns depósitos de terraços fluviais. Estão também cartografados
pelos Serviços Geológicos de Portugal alguns filões quartzosos com
orientações predominantes de noroeste-sudeste, norte - sul e
nordeste - sudoeste.
A
geomorfologia geral dos locais onde se desenvolve o trilho é
caracterizada por encostas íngremes e uma rede de linhas de água
confluentes para uma espécie de bacia de recepção, onde se
encontram os depósitos aluvionares, as areias e as
cascalheiras.
Os
blocos rochosos isolados e arredondados têm, nas encostas, uma
ampla distribuição e correspondem à morfologia granítica dominante
na região.
Fauna
O
Trilho da Águia do Sarilhão alonga-se por encostas, vales e por uma
rede de linhas de água, constituindo habitats propícios à
existência de várias espécies de animais. No início do trilho, na
zona da veiga de S. João, pode encontrar-se, por exemplo, a
alvéola-branca (Motacilla alba), o cartaxo-comum (Saxicola
torquata) e o pisco-de-peito-ruivo (Erithacus rubecula). Ao longo
do trilho, os sons são constantes e representam uma das principais
formas de detecção de elementos da fauna, nomeadamente de
aves.
Na
área envolvente do Ribeiro de Cerdeira, e outras zonas húmidas,
predominam uma variedade de anfíbios. Na zona florestal e de matos,
encontram-se répteis como a lagartixa-de-bocage (Podarcis bocagei)
ou a cobra-lisa-europeia (Coronella austriaca). Para visualizar ou
sentir a existência de muitos outros mamíferos, terá de estar
atento aos ínfimos indícios, designadamente as pinhas roídas que
denunciam a presença do esquilo (Sciurus vulgaris) ou terra
revolvida, resultado do fossar do javali (Sus
scrofa).
Flora
As
espécies arbóreas que marcam a paisagem do Trilho Águia do Sarilhão
são exemplares isolados e em pequenas manchas, com predominância de
carvalhos e medronheiros. No ponto inicial do trilho, no Museu
Etnográfico de Vilarinho das Furnas, encontram-se espécies arbóreas
com destaque para o carvalho alvarinho (Quercus robur L.), vidoeiro
(Betula alba L.) e salgueiro branco (Salix salvifolia
Brot.).
As
arbustivas, algumas de porte bastante alto, ladeiam o percurso até
ao Ribeiro de Rodas. Na continuação do trilho, o caminho segue por
baixo da Fraga do Sarilhão e aí, na encosta, encontra-se uma zona
densa de matos com vegetação arbustiva, a imperar as manchas de
medronheiros (Arbutus unedo). Das herbáceas, destaca-se a
erva-dos-piolhos (Pedicularis sylvatica L.), o termentelo (Thymus
caespítilius Brot.), a margarida-do-monte (Bellis perennis L.), a
macela (Chamaemelum nobile (L.) All), entre outras acompanhantes
dos matos. Na albufeira de Vilarinho das Furnas, na margem direita
do troço que percorre uma parte da Via Romana (Geira), encontra-se
uma orla de vegetação ribeirinha, com um habitat em bom estado de
conservação, constituída por espécies, como o salgueiro (Salix
spp.), o vidoeiro (Betula alba L.) e a gilbarbeira (Ruscus
aculeatus L.), uma espécie protegida pela Directiva
Habitats.
Mapa do
Percurso
Ficha
Extensão
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9 Km
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Duração
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3 horas
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Grau de Dificuldade
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Localização
|
Campo do Gerês
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Partida / Chegada
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Museu Etnográfico de Vilarinho das Furnas
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Acessos
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EN 307 e EN 304
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Brochura
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Mapa
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Ver Mapa
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Perfil
Fica aqui um pequeno vídeo para demonstrar um pouco mais da beleza
do nosso querido Gerês..
http://www.youtube.com/watch?v=GlsG1tiuXho&feature=player_embedded
Conteinner
Este conteinner é um recipiente de tamanho regular que inicialmente
contem:
logbook/stashnote caneta
e alguns objectos para troca..
Nota: Deixem
a cache como a encontraram, se possível ainda melhor e tenham
cuidado na sua deslocação.