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Vista sobre a vila - PR1 Traditional Cache

Hidden : 05/24/2011
Difficulty:
2 out of 5
Terrain:
2 out of 5

Size: Size:   regular (regular)

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Geocache Description:



- Vista sobre a vila - PR1-

 

"Arribas do Tejo” é um percurso pedestre de pequena rota. Trilha veredas antigas que serpenteiam as encostas sobranceiras ao rio Tejo, são trilhos ancestrais, construídos ao longo dos tempos por gerações de pastores e camponeses, gente simples respeitadora dos valores da natureza. São caminhos abertos com habilidade pelas mãos calejadas de um povo que sempre viveu daquilo que a terra dava, as oliveiras plantadas em socalcos nas íngremes encostas do Tejo, eram mais que simples árvores, eram parentes que se estimavam. É um percurso circular, que se desenvolve nas duas margens desse grande rio que é o Tejo, em terras das freguesias de Gavião e de Belver, terras ricas de história e património.

 

O percurso tem o seu início junto à Igreja da Nossa Senhora da Visitação, padroeira das gentes devota da Vila Medieval de Belver. Após percorrer a estreita Travessa 5 de Outubro e de descer a Rua da Fontinha, o pedestrianista chega à Ribeira de Belver e lá ao fundo, numa das curvas da ribeira, encontra o Lagar da Fraga , lagar de pesadas mós de pedra antiga, gastas pelo girar de muitos anos,” tocadas” pelas águas límpidas da ribeira que saltam do açude em turbilhão e correm velozes na levada de lajes de xisto. Ao cimo da levada atravessa-se a ribeira , subindo a encosta, por caminho de lajeado gasto de tanto uso, ladeado por muros de pedra seca.

A vista, descansa sobre o casario da Vila que se abriga sob as muralhas do imponente Castelo Medieval de Belver, são séculos de história a passar sob os nosso olhar, histórias de cavaleiros e de princesas, de fidalgos e de plebeus, de amores e de poetas, de juras e de traições, do sagrado e do profano. Depois da estrada das Torres, seguimos á direita por caminho de terra batida, vislumbramos o rio lá em baixo e, é por entre olivais e vinhas velhas que chegamos à aldeia da Torre Fundeira. Terra de gentes do rio, antigos pescadores do sável e da lampreia, gentes para quem o rio nunca teve segredos, gentes que faziam do barco a sua casa. Falam com paixão e com saudade, de um tempo já passado, das correntes, dos fundões, dos melhores pesqueiros, das artes da pesca e dos segredos do rio.

 

Após o percurso no centro da aldeia, é o tempo antigo que se volta a cruzar no nosso caminho, a Anta do Penedo Gordo , monumento funerário, classificado como de interesse concelhio, é testemunha presente de que o povoamento humano nesta região já vem de um tempo sem idade. Prosseguimos para sul e, é do cimo do Cabeço do Pintalgaio local de vistas privilegiadas, que espreitamos terras de três regiões; Alentejo, Ribatejo e Beira Baixa, é aqui que começam e acabam três Concelhos; Gavião, Abrantes e Mação e é aqui que se entrelaçam três distritos; Portalegre, Santarém e Castelo Branco.

 

Descemos o morro em direcção à beira-rio, junto à foz da Ribeira d' Eiras , bandos de passarada do rio esvoaçam por entre os canaviais da albufeira em ruidoso chilreio, elevam-se em revoadas pelos céus e desaparecem no horizonte. Passada a ponte da Ribeira, entramos no Município vizinho de Mação, ladeamos a praia fluvial da Ortiga , em direcção ao velho apeadeiro da Barragem de Belver , atravessamos a linha férrea da Beira Baixa, na passagem de nível sem guarda, atenção aos comboios - pare, escute e olhe .

 

Pelo tabuleiro da Barragem de Belver , barragem de fio de água, uma das primeiras a ser construída em Portugal, chegamos á margem sul do Rio Tejo, terras da freguesia de Gavião, terras de Além -Tejo. Logo à saída da barragem tomamos caminho à esquerda em direcção às antigas Termas da Fadagosa e daí seguimos por um carreiro até à Praia Fluvial do Alamal . O pedestrianista segue por um carreiro que serpenteia a encosta sobranceira ao rio, junto às águas mansas da albufeira. Por entre medronheiros carregados de frutos vermelhos, enleados de madressilvas, as avencas, a pervinca, os musgos cobertos de gotas cristalinas, brotam dos muros de pedra seca. Junto á água, os melros e os rouxinóis espalham melodias pelo arvoredo frondoso de freixos, amieiros e de salgueiros, tufos de fetos reais, amontoam-se nas margens do rio que parece adormecido, sem pressas de chegar ao mar. E na curva do caminho, eis-nos chegados à Praia Fluvial do Alamal, praia de Bandeira Azul.

 

No extenso areal da praia, o pedestrianista é convidado a descansar e a estender o corpo ao sol, fechar os olhos e, perceber o significado da tranquilidade, do bem-estar, da paz de espírito. Ainda há lugares assim, bem hajam todos aqueles que souberam ao longo dos tempos cuidar desde jardim. Mas o percurso continua e é já no passadiço do Alamal , que contemplamos no morro em frente o Castelo Medieval da Vila de Belver e imaginamos a vida de outros tempos, este troço do passadiço de madeira, permite uma marcha cómoda e de relaxamento, que se percorre sem pressas, até se chegar à centenária ponte de Belver , ponte de ferro e de grossos pilares fundados nos penedos que brotam das profundezas do rio.

 

Pela ponte, deixamos terras do Além - Tejo, passamos para a outra margem e entramos novamente nas terras de Guindintesta, terras fundadas pelos cavaleiros da Ordem do Hospital, terras da freguesia de Belver . À saída da ponte, junto ao edifício dos teares das mantas de Belver, vencemos uma escadaria, continuando a subir a encosta através de carreiro, chegamos ao Caminho da Fonte Velha . Ao longo do Caminho da Fonte Velha, recentemente intervencionado, o pedestrianista pode admirar uma exposição de figuras esculpidas nos muros do caminho. É uma prova evidente de que a harmonia entre o antigo e o moderno não é uma miragem. No respeito pelo espaço existente reside o segredo desta intervenção. Continuando, chegamos ao ponto de partida deste percurso, ao Largo Luís de Camões, ao Largo da Igreja de Belver.

 

Chegados aqui, é tempo de retemperar forças, a gastronomia local é uma bênção para o corpo e uma alegria para a alma; o ensopado de enguias, o arroz de lampreia, o sável e o achigã frito, as couves com feijão, a lebre com couve, o bacalhau assado com o feijão-frade de Margem, são tesouros que só aqui podemos encontrar. Ainda há lugares assim e aqui tão perto, volte e traga um amigo.

 

Texto retirado do site da Câmara Municipal do Gavião : http://www.cm-gaviao.pt/

 

Esta série de caches têm como objectivo divulgar o percurso pedestre, incentivar os geocachers a caminharem e dar a conhecer mais um pouco de Portugal.

 

 

 

Estamo-nos a afastar da vila . Costuma dizer-se...longe da vista, longe do coração.

Aqui a paisagem envolve o caminheiro num forte abraço. Nunca mais vamos deixar de gostar destas terras. Neste ponto contemplamos BELVER de uma outra perpectiva que não a tipica paisagem com o rio. O campo (muitas hortas abandonadas), a vila com o seu casario e o castelo

É mais uma cache para o caminho

 

Additional Hints (Decrypt)

Rfpbaqvqn anf crqenf

Decryption Key

A|B|C|D|E|F|G|H|I|J|K|L|M
-------------------------
N|O|P|Q|R|S|T|U|V|W|X|Y|Z

(letter above equals below, and vice versa)