Paço de Vilar de Perdizes
![Vista geral.jpg](http://img.geocaching.com/cache/1000cf6a-7943-403f-8eb4-529a3c377e97.jpg)
Povoação antiga, Vilar de Perdizes está desde o início da Idade Média inserida na rota de peregrinação jacobeia que liga Chaves à Galiza. Considerada um "(...) importante ponto de confluência e passagem de peregrinos" (TÉRRON, Angêles García, PORTUGAL, José, coord., 1995, p. 223), esta povoação situa-se na designada estrada das capelas ou estrada velha de Montalegre, e foi desde o último quartel do século XII senhorio dos Sousas.
Em 1551 António de Sousa, fidalgo da Casa do Duque de Bragança e abade desta freguesia, instituiu o Hospital de Santa Cruz e a respectiva capela para albergar os peregrinos de Santiago, consignando ainda a construção de uma botica (Idem, ibidem).
Em 1555 o papa Paulo IV emitiu uma bula que confirmava a instituição do hospital e concedia a comenda perpétua de São Miguel de Vilar de Perdizes, bem como o seu morgadio, a Fernão de Sousa. Este terá sido possivelmente o único morgado em Portugal concedido por comenda pontifícia.
O conjunto arquitectónico, todo edificado em granito da região, é assim constituído pelos edifícios do paço, do hospital, que se encontra bastante arruinado, da capela, frente à qual foi implantado um cruzeiro, e da botica, cuja estrutura também se encontra em ruínas.
O edifício original do paço foi em grande parte destruído cerca de 1708, durante uma invasão das tropas espanholas naquela zona fronteiriça, pelo que a estrutura foi reconstruída no século XVIII. De planta rectangular, apresenta um modelo barroco cuja fachada se divide em dois pisos, com portas rectangulares no primeiro e janelas no andar nobre. Este apresenta ao centro um alpendre suportado por colunas toscanas ao qual se acede por escadaria.
O Hospital de Santa Cruz (imagem abaixo) mantém a estrutura maneirista de linhas sóbrias e robustas, cuja planta rectangular é formada por um único piso. A fachada principal foi prolongada para ser adossada ao corpo do paço, e lateralmente foi edificado um portal encimado por volutas que enquadra a imagem de São Tiago, padroeiro dos peregrinos, no nicho.
A capela edificada no século XVI foi destruída, possivelmente também no ano de 1708. Sabe-se que era um edifício de planta rectangular com cripta, coberto interiormente por uma abóbada de seis tramos, e fachada simples rasgada por um portal. A actual capela corresponde à capela-mor de um templo projectado na segunda metade do século XVIII, cuja construção foi interrompida em 1809, durante as Invasões Francesas. (Fonte: http://www.igespar.pt/pt/patrimonio)
Classificado como MIP - Monumento de Interesse Público.
Para visitar o espaço deverá contactar-se previamente o proprietário:
(Maria Joaquina de Bettencourt e de Alexandre Martins Moniz de Bettencourt – Telfs: 213 578 606 7 276 536 254 Fax: 213 578 606 – E.mail: np661n@mail.telepac.pt).
A cache:
A cache foi propositadamente colocada num local afastado do edifício, para o geocacher poder efectuar o seu log sem qualquer problema. Para poderem efectuar o log, deverão efectuar os seguintes cálculos a partir das coordenadas indicadas:
- Azimute: 147º
- Distância: 378 m
No acesso ao GZ (que vos irá proporcionar umas belas vistas sobre a povoação e que tem algum simbolismo), aconselho se estiverem de viatura ligeira a estacionar no ponto abaixo indicado e depois efectuar os restantes metros a pé.
Por favor tenham cuidado no manuseamento da cache e coloquem-na sempre de modo a garantir a sua longevidade (bem escondida e com a necessária discrição devido à eventual presença de muggles!).