Além da riqueza económica que gera ao País, esta espécie de crescimento rápido é um fixador de dióxido de carbono muito eficiente no combate ao efeito de estufa.
O eucalipto foi introduzido em Portugal por volta de 1830, e expandiu-se sobretudo na segunda metade do séc. XX, dando origem a uma produção industrial de pasta e papel no País que já conquistou uma posição de destaque a nível internacional.
A variedade Eucalyptus globulus encontrou condições privilegiadas ao seu desenvolvimento, adaptando-se com facilidade ao clima e aos solos e ganhando uma expressão económica crescente. Foi em Portugal que, pela primeira vez no mundo, se utilizou madeira de eucalipto para fabricar pasta de papel. Foi nas fábricas de Cacia que este processo foi iniciado com sucesso em 1957.
O debate gerado em torno do eucalipto tornou-o numa árvore polémica, conotada com a retenção de água nos solos. Na verdade, o eucalipto é muito eficiente na utilização de água disponível. Sem raízes longas ou profundas, esta árvore consegue regular a transpiração através das folhas, retendo a água em excesso para a usar em períodos de seca, um pouco à semelhança do camelo.
Espécie de crescimento rápido, o eucalipto também é muito eficiente no combate ao efeito de estufa, uma vez que é um fixador de dióxido de carbono. Esta árvore resiste bem a pragas e a doenças por ter sido trazida para fora das suas regiões de origem através de sementes, o que a colocou a salvo dos seus inimigos naturais. Devido às propriedades medicinais e aos óleos essenciais contidos nas folhas, diversas variedades de eucalipto são utilizadas em farmácia e aromaterapia.
Sujeitas desde 1988 a legislação apertada, as plantações de eucalipto para fins industriais têm hoje como suporte uma gestão silvícola sustentada que garante a defesa dos valores ambientais e culturais.
A história evolutiva do eucalipto data de há 35 milhões de anos. Conta com mais de 600 variedades conhecidas, que na sua maioria são originárias da Austrália e da Tasmânia. O primeiro eucalipto conhecido no Ocidente fica a dever-se à expedição de Cook, em 1770, o Eucalyptus obliqua, que foi descrito para a ciência pelo botânico francês L’Héritier.
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