A VER A VILA

Freixo de Espada à
Cinta
É sede
de um município com 244,49 km² de área e 3.931 habitantes (2006),
subdividido em 6 freguesias. O município é limitado a norte pelo
município de Mogadouro, a leste e sul pela Espanha, a sudoeste por
Figueira de Castelo Rodrigo e Vila Nova de Foz Côa e a oeste e
noroeste por Torre de Moncorvo.
Está
inserido na província de Trás-os-Montes e Alto Douro, distrito e
bispado de Bragança e desde a Idade Média que faz parte do
Arcebispado de Braga. Tem por Orago São Miguel Arcanjo, adoptando
os seus habitantes como Santa Padroeira Nossa Senhora dos Montes
Ermos, a quem são dedicadas as festas e romaria que decorrem
habitualmente durante a segunda semana do mês de Agosto.
Freixo
de Espada à Cinta não capta os seus visitantes apenas com o seu
rico passado, mas deslumbra todos os que por aqui passam com o
magnífico espectáculo das amendoeiras em flor. Os prados, as
vinhas, os olivais e os laranjais ao produzirem todo o tipo de
cores e aromas conferem a quem os desfruta uma visão aproximada do
paraíso. A beleza panorâmica e ciclópica proporcionada pelo
imponente rochedo do Penedo Durão (727 metros), a cenografia do
espectáculo natural nas estratificações silúricas do Candedo, onde
está inclusa a Calçada de Alpajares de provável origem medieval, ou
as paisagens deslumbrantes que se desfrutam das arribas do Douro em
Lagoaça, em Mazouco ou em Ligares, concorrem também para tornar
este concelho num entusiasmante local de vida e cultura.
Quem
sabe não poderá o visitante destas cercanias de Freixo deparar-se
com uma variedade de flor que os lavradores da região designam por
“açucena campesina” ou “açucena dos
campos”, raridade botânica e verdadeiro mimo de colorido e
aroma.
Toponímia
Existem
várias versões relativas à origem do nome, uma das quais, reza a
lenda, El Rei D. Dinis, estando severamente fatigado da viagem que
empreendeu até Freixo, colocou o seu cinturão com a majestosa
espada no tronco de um freixo, que ainda hoje se encontra no
outeiro do castelo, e adormeceu à sua sombra, embalado pela brisa
suave que batia nas folhas da possante árvore. No seu sono
profundo, teve um sonho.
Sonhou
com o espírito do freixo, ansioso que um rei português dependurasse
a sua espada real no seu corpo, com a intenção de lhe conferenciar
directrizes sábias para o futuro do reino de Portugal. Quando o rei
acordou do revigorante descanso, re-baptizou a vila, chamando-a de
Freixo de Espada à Cinta.
História
A cerca
de 4 Km da Vila passa o rio Douro, demarcando neste concelho a
fronteira entre Portugal e Espanha, e segundo Sant\\\'Anna
Dionísio“foi durante oito séculos um dos escudos mais seguros
(e politicamente menos dispendiosos) que Portugal possuiu na sua
longa linha de contacto com a nação
vizinha…”.
Em toda
esta região se encontra arte rupestre pré-histórica, da qual
o“cavalo de Mazouco” foi o primeiro sítio de arte
rupestre paleolítica de ar livre descoberto no território
português, e uma enorme quantidade de vestígios castrejos que ainda
hoje podem ser apreciados nos seus devidos locais.
Supõe-se
que a vila seja bastante anterior à fundação do reino de Portugal,
pelo menos ao tempo dos árabes ou ainda à época de ocupação romana.
É uma terra que se desenvolve desde o inicio da nacionalidade. Tem
foral entre 1155/57 outorgado por D. Afonso Henriques onde se fazia
referência ao castelo. D. Sancho II, em 1240, elevou Freixo à
categoria de Vila, como recompensa de os seus habitantes se terem
defendido heroicamente das invasões do rei de Leão, ao contrário
dos de Alva (anterior concelho), que se renderam sem resistência.
No inicio do século XVI era uma poderosa praça de guerra cercada de
muros e dotada de três torres mestras, das quais actualmente só
resta uma, de granito, facetada e heptagonal exemplar único na
Península Ibérica: a denominada Torre do Galo ou do
Relógio.
Património
Este
concelho, tem profundas raízes históricas materializadas num vasto
património artístico e cultural de onde podemos destacar a referida
Torre do Galo, a Igreja Matriz, a Igreja da Misericórdia, o
Pelourinho, a Igreja do Convento e um elevado número de casas com
os portais e janelas decoradas com motivos de arte manuelina: meias
esferas, folhagens, conchas, troncos entrelaçados, etc.
Vila
Manuelina
Freixo
de Espada à Cinta é a vila mais Manuelina de Portugal. Existem
inúmeras portas e janelas com motivos simples, quase sempre
alusivos aos descobrimentos, apesar de Freixo de Espada à Cinta
estar longe do mar, demonstrando desta forma que era uma terra
próspera no reinado de D. Manuel. Como exemplo emblemático deste
estilo temos a Igreja Matriz do começo do século XVI, cujo interior
é uma réplica da igreja dos Jerónimos e onde se podem admirar na
capela-mor um valorosíssimo retábulo quinhentista com 16 telas
atribuídas a Grão Vasco. É também curiosa a existência de uma
figura de São Mateus envergando um par de lunetas, objecto não
muito vulgar na altura de edificação da igreja. O pelourinho que se
encontra em frente aos Paços do Concelho é também um dos monumentos
ilustres que merece referência.
Quanto a
outro património histórico deste concelho, é de destacar
o“Cavalo de Mazouco”, gravura rupestre atribuída ao
paleolítico superior, e a “Calçada de Alpajares”, uma
via medieval (e possivelmente romana) que se encontra em excelente
estado de conservação.
Coloquem a Cache exactamente como a
encontraram.
Tenham em atenção em não colocar fotos e divulgar como esta
escondida a cache.
Boa cachada.
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