O Palácio Nacional de Sintra, também conhecido
como Palácio da Vila, localiza-se na freguesia de São Martinho, na
vila de Sintra, Distrito de Lisboa, em Portugal.
Foi um dos Palácios Reais e hoje é propriedade do Estado Português,
que o utiliza para fins turísticos e culturais. De implantação
urbana, a sua construção iniciou-se no século XV, com traça de
autor desconhecido.
Apresenta características de arquitectura medieval, gótica,
manuelina, renascentista e romântica. É considerado um exemplo de
arquitectura orgânica, de conjunto de corpos aparentemente
separados, mas que fazem parte de um todo articulado entre si,
através de pátios, escadas, corredores e galerias.
O Palácio foi utilizado pela Família Real Portuguesa praticamente
até ao final da Monarquia, em 1910. Em 2008 foi o palácio mais
visitado de Portugal com 408 712 visitantes.
Remonta a um primitivo palácio que terá sido
doado pelo rei João I de Portugal ao conde de Seia, em 1383,
voltando para a posse real pouco depois.
O palácio foi reedificado no século XV, a partir de 1489, quando
lhe foi iniciada uma campanha de obras que visaram aligeirar a
massa da construção e enriquecer a decoração interior,
aplicando-se-lhe azulejos andaluzes.
Entre 1505 e 1520 ergueu-se a chamada ala manuelina e, em 1508,
teve início a construção da Sala dos Brasões.
Durante o reinado de D. João III edificou-se o espaço entre as alas
joanina e manuelina. No século XVII, sob a orientação do conde de
Soure, procedeu-se a obras de alteração e ampliação e, entre 1683 e
1706, sob o reinado de D. Pedro II, renovaram-se as pinturas dos
tectos de alguns compartimentos.
Em 1755 foram realizadas importantes obras de restauro, no
seguimento dos danos causados pelo terramoto, e edificada a ala que
vai do Jardim da Preta ao Pátio dos Tanquinhos.
Nova campanha de decoração foi levada a cabo em
1863.
Nos últimos anos do regime monárquico foi a residência de verão da
rainha-mãe D. Maria Pia, a última habitante régia do Paço da Vila
de Sintra. Aqui tiveram lugar várias recepções oferecidas pela
rainha-mãe aos estadistas que visitavam o seu filho, como o
Imperador Guilherme II da Alemanha ou o Presidente de França, Émile
Loubet, entre outros.
O palácio encontra-se classificado como Monumento Nacional desde
1910.