Em 1199, a fixação de colonos estrangeiros na margem sul do Tejo, conduziu ao surgimento da povoação de Benavente. Situada nos limites do Castelo de Coruche, subordinado à Ordem de Calatrava, foi constituída sob a égide e senhorio desta Ordem Militar. Neste facto, se tem também associado o nome da povoação, sabido que à mesma Ordem pertencia também o Castelo de Benavente, no Reino de Leão. Benavente, situada entre Santarém e Lisboa, é delimitada pelo rio Sorraia, um dos principais afluentes do Tejo e foi o segundo concelho instituído ao sul deste rio.
Tem foral antigo, dado por D. Paio, ou Pelágio, mestre da Ordem Militar de Évora, em 25 de Março de 1200 e confirmado em Santarém em 1218 por D. Sancho I. D. Manuel concede-lhe foral novo em 16 de Janeiro de 1516. Além disso recebeu privilégios de vários monarcas, especialmente de D. Dinis e D. Fernando.
Benavente, permite definir um centro histórico consolidado, uma vez que toda a área se encontra bem delimitada pelo rio Sorraia, a nascente e pela designada lezíria dos cavalos, na face poente. O seu centro histórico assume uma forma triangular, localizando-se no vértice o Cruzeiro do Calvário e no centro, o local onde se erguia a antiga Igreja Matriz, destruída pelo terramoto de 1909.
A vila de Benavente tem vindo a desenvolver-se no sentido sul, estendendo-se pelos terrenos que outrora área se encontra bem delimitada pelo rio eram designados como vinhas e olivais. Benavente é sede de concelho e de comarca; pertence ao distrito administrativo de Santarém, ao círculo judicial de Vila Franca de Xira e à Relação de Lisboa. Em termos religiosos pertence ao arcebispado de Évora.
Actualmente o concelho de Benavente compreende quatro freguesias: Barrosa, Benavente, Samora Correia e Santo Estevão.
A população do concelho, segundo os censos de 2011, é de 29 388 habitantes. A área do concelho é de 521,46 Km2. O concelho de Benavente, orgulhoso das suas famosas ganadarias de reconhecido valor em todo o país, e da figura típica e corajosa que é o campino que com as suas vestes garridas dá especial colorido à lezíria e às festas tradicionais, com grandes exibições nos jogos de cabrestos e na picaria à vara larga, espectáculos típicos desta região. Pode ainda desfrutar-se do magnífico espectáculo da Reserva Natural do Estuário do Tejo, onde milhares de aves migratórias e espécies ribeirinhas enchem de beleza uma vasta extensão de dezenas de quilómetros quadrados de vida e habitat selvagem, dando uma maior autenticidade à enorme riqueza espontânea, cenário natural deste concelho. O olhar perde-se ainda no verde dos arrozais, a garganta seca-se, na avidez de embarcar de uma só vez, um copo de vinho das videiras de Catapereiro; o Tejo, o rio de prosperidade e sobressaltos a espraiar-se na Lezíria; o Sorraia espelhando-se na claridade da campina, onde as cegonhas fazem ninhos que a Primavera aquece.
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