Cevide - O território mais a Norte de Portugal

Ao chegar a Cevide já uma placa indica que estamos perto do lugar mais a norte de Portugal, situa-se na freguesia de Cristoval, concelho de Melgaço. A localidade está agora quase deserta com apenas quatro habitantes. Foi a habitual migração do interior para o litoral e também o fim do contrabando que ditou a redução da população nesta região.
Além de vos trazer ao ponto mais a Norte de Portugal, também é objectivo desta cache trazer-vos a mais um bonito recanto do nosso país. Que além de algumas peculiares características (dizem os locais que se ouve cantar os galos de 3 províncias: Minho, Pontevedra e Ourense) também é um lugar de espectacular repouso no conforto da Natureza.
Marco de fronteira n.º 1
Um marco de fronteira é um marco físico robusto que identifica o limite de uma linha de fronteira terrestre ou a mudança na direcção dessa linha limítrofe. São normalmente usados para marcar pontos críticos na linha de fronteira entre estados ou subdivsões suas, mas também podem servir para marcar o limite de terrenos privados onde vedações ou muros são pouco práticos ou desnecessários. São normalmente feitos de pedra ou betão e colocados em pontos notáveis ou especialmente visíveis do terreno. É também comum que tenham informação inscrita com a identificação dos territórios em cada lado e uma data de colocação.

Esta cache está localizada nas mesmas coordenadas que o Marco de Fronteira n.º 1, que é onde começa Portugal. Por isso as coordenadas dadas são exactamente as que estão registadas no IGEOE, assim que encontrarem o Marco de Fronteira 'facilmente' descobrem o esconderijo da cache.
Para chegar ao Marco de Fronteira n.º 1, depois de estacionar na zona indicada, é só seguir a placa com a indicação. Essa placa vai guiar-vos por uma caneja (termo muito usado localmente para indicar um caminho estreito) que no passado era usado para aceder ao Porto de Bregote, através do qual era possível a travessia do rio Minho entre os dois lados da fronteira. Esta travessia era usada pela população em geral, e era também uma das rotas locais de contrabando.

Quase ao chegar ao Trancoso (o regato que desagua no Rio Minho e também faz parte da fronteira Portugal-Espanha), já se poderá avistar o Marco de Fronteira, que se expõe em cima de um grande penedo. Aqui a vegetação envolvente (dependendo da época do ano) poderá dificultar a visibilidade, mas a grande rocha é bem visível, e então será mais fácil chegar ao Marco de Fronteira. Uma sugestão, só para quem quiser, poderão tirar uma foto junto ao Marco de Fronteira e coloquem nos logs, e assim fica registada a vossa passagem pelo ponto mais a norte do País.

Tratado de Lisboa (1864)
O Tratado de Lisboa (ou Tratado dos Limites de Lisboa, além de Tratado de Tomás) foi um tratado firmado entre as duas monarquias da Península Ibérica em 29 de Setembro de 1864, pelo qual se fixaram definitivamente, em parte, as fronteiras ainda hoje vigentes entre Portugal e Espanha, desde a foz do Rio Minho até à confluência da Ribeira do Caia com o Rio Guadiana (os marcos fronteiriços daí até à foz do Odiana ficaram por assinalar neste primeiro Tratados dos Limites, em virtude de Portugal não reconhecer a ocupação espanhola do município de Olivença; de resto, o restante troço da fronteira só foi demarcado por um novo Tratado dos Limites, em 1926, desde a confluência da Ribeira de Cuncos com o Rio Guadiana até à foz deste rio internacional, deixando por delimitar a área fronteiriça em torno de Olivença).
Pelo Tratado de Lisboa, desaparecia o chamado Couto Misto (uma pequena área de 27 km², ao norte de Chaves, que englobava as aldeias de Santiago, Rubiás e Meaus), uma região de soberania indefinida, relativamente desligada da autoridade central de ambos os países, e sobre a qual, por isso mesmo, ambos os Estados reclamavam soberania), doravante integrado em Espanha (nos concelhos de Calvos de Randín e Baltar); por seu turno, a Espanha cedia a Portugal os chamados Povos Promíscuos de Soutelinho da Raia, Cambedo (Vilarelho da Raia) e Lama de Arcos (aldeias que se haviam desenvolvido precisamente no local atravessado pela linha de fronteira, gerando assim conflitos com as autoridades aduaneiras dos dois países).
O tratado foi ratificado por Espanha e Portugal no ano seguinte. O documento foi solenemente formalizado em Santiago de Compostela em 23 de Junho de 1868, tendo-se iniciado a vigência do tratado em 5 de Novembro do mesmo ano.
Instituto Geográfico do Exército
O IGEO disponibiliza informação sobre todos os Marcos de Fronteira de Portugal aqui.
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Secção/Seccion: |
1 |
Tipo: |
Principal |
Localização/Localizacion: |
Cevide |
Tipo de fronteira/frontera: |
Confluência/Confluencia |
Tipo de terreno : |
Zona : |
A |
Folha/Hoja Pt 25k : |
001 |
Folha/Hoja Es 25k : |
Folha/Hoja Pt 50k : |
1-1 |
Folha/Hoja Es 50k : |
262 |
Folha/Hoja Pt 250k : |
NK2905 |
Distrito : |
Viana do Castelo |
Provincia : |
Concelho : |
Melgaço |
Ayuntamiento : |
Lugar Pt/Lugar Es : |
Cristoval/ |
A Cache
NOTA: a cache, container e ninho originais, foram ligeiramente alterados.
O contentor é agora um frasco preto de plástico (cerca de 2 litros) com espaço para troca de items, dentro tem outro frasco mais pequeno só para guardar o logbook e caneta para não se estragarem com a humidade.
Agora é preciso entrar na 'caverna' mas a cache mantém-se acessível sem grande necessidade de espeleologia... não é preciso irem de gatas.
O objectivo desta cache é proporcionar aos geocachers visitarem este local, os números também não me dizem nada por isso ficam estes que podem dar jeito 912899026.
A partir do mesmo ponto de estcionamento podem também visitar a Marco de Fronteira (A1 BIS)