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Difficulty:
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Terrain:
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Size:
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«Tomando uma bebida na esplanada,
Ao fundo miro o Douro ali de fronte.
Uma carpa saltando, prateada...
Planando, um grifo cruza o horizonte!»
De rio de águas violentas, o Douro, devido às barragens, fez-se um vasto e tranquilo espelho de água aprisionado entre muralhas a prumo, sendo notório o contraste entre a estreita garganta por onde corre e o ondulado das superfícies adjacentes.
A área do PNDI abrange o troço fronteiriço do Rio Douro, incluindo o seu vale e superfícies planálticas adjacentes, e prolonga-se para sul através do vale do seu afluente, o Rio Águeda, numa extensão de cerca de 120 km.
A parte Norte do PNDI corresponde à zona de menor influência atlântica de Trás-os-Montes, sendo constituída por um extenso planalto, com altitudes que variam entre os 700 e os 800 metros. Aqui, o vale do Douro é bastante encaixado, com margens escarpadas essencialmente graníticas - as "arribas". À medida que se avança para Sul, o vale apresenta-se mais aberto, com fundos de vales aplanados, permanecendo as vertentes escarpadas; há ainda pequenas áreas planálticas e relevos residuais encimandos por quartzitos. Esta zona, onde o vale já se assemelha ao "Douro vinhateiro", caracteriza-se pelo seu microclima, com escassa precipitação e amenas temperaturas invernais, fazendo parte da chamada Terra Quente Transmontana.
A região inclui-se no domínio do carvalhal - bosques de carvalho negral e cerquinho, nas zonas de maior altitude e de azinheira e sobreiro, nos terrenos mais secos. Há zimbrais e lodoais nos vales apertados e em esporões rochosos do Douro e seus afluentes, bosques de amieiros, salgueiros e freixos junto às linhas de água e grandes extensões de giesta e esteva.
A actividade agro-pecuária é extremamente importante na definição da paisagem. A cultura extensiva de cereal cria biótopos estepários, importantes para a avifauna e o mosaico de habitats criado pelos lameiros, vinhedos, olivais, etc., conferem a esta área uma elevada biodiversidade.
A fauna presente no PNDI distingue-se pelo número de espécies e pelo seu estatuto de conservação.
Nas aves, o Milhafre-real e o Chasco-preto estão Críticamente Em Perigo; o Abutre-do-Egipto, o Tartaranhão-caçador, a Águia-real, a Águia de Bonelli e a Gralha-de-bico-vermelho estão Em Perigo; a Cegonha-preta e o Falcão-peregrino, entre outros, são Vulneráveis. Todas estas aves têm o seu habitat preferencial nas arribas, com excepção do Milhafre-real e do Tartaranhão-caçador, que ocupam o planalto.
A albufeira da barragem de Santa Maria de Aguiar, na parte sul do PNDI, é a zona húmida mais importante de todo o interior Norte e Centro para as aves aquáticas, destacando-se a população de Mergulhão-de-crista.
Quanto aos mamíferos, o Morcego-de-ferradura-mediterrânico e o Morcego-rato-pequeno estão Críticamente Em Perigo; o Lobo está Em Perigo; o Morcego-de-peluche, o Rato-de-Cabrera, o Gato-bravo, entre outros, são Vulneráveis. No PNDI e área envolvente encontram-se alguns abrigos de criação e/ou de hibernação de morcegos cavernícolas com importância nacional.
No grupo dos répteis, O Cágado-de-carapaça-estriada está Em Perigo e a Vibora-cornuda é Vulnerável.
As casas concentram-se, envoltas por campos cultivados. A floresta é escassa e uma faixa de incultos acompanha o escarpado do rio e seus afluentes. Nas zonas planálticas predomina a cultura de cereais; os lameiros ocupam as zonas mais baixas e húmidas dos vales. Nas arribas, predominam as culturas mediterrânicas - a vinha, o olival, o amendoal, a laranjeira. Criam-se raças autóctones de ovelhas (Churra Galega Mirandesa e Churra da Terra Quente) e de gado bovino (Mirandesas). O pombo, abrigado nos tradicionais pombais, faz parte da dieta do agricultor e enriquece a terra.
Additional Hints
(Decrypt)
Ahz ohenpb b svb invf rapbagene