TORRADOS
Área:
339,09 ha
Fonte: CAOP
População:
2.560 habitantes
Fonte: INE 2001
Densidade:
7,55 hab/ha
História
A freguesia nasceu do desmembramento do padroado Sousão. Não se sabe ao certo a data em que surge pela primeira vez documentada. Crê-se que por volta de 1122, no testamento de Mem Moniz, Governador de Penafiel de Sousa. O seu topónimo apela para a ideia de Torrar, ressequir pelo calor ou pelo fogo. A Igreja Paroquial de Torrados é datada do século XVII. A Casa de Torrados, tem um bonito e imponente portal do século XVIII, que ostenta um brasão com estátua de guerreiro, mas actualmente em ruínas. É na indústria calçado que se emprega o maior número de pessoas, quer da freguesia, quer das freguesias adjacentes e mesmo de concelhos vizinhos. Tem uma área de 3,3 Km2 e uma população residente de 2560 habitantes. O seu topónimo remete-nos para a ideia de 'torrar' ou 'ressequir pelo calor', significado semelhante aos topónimos de 'Queimada' e 'Torgosa'. Esta designação deve-se ao facto de ser usual naquela época a desbravação da vegetação robusta e bravia pelo processo do fogo, desbravação esta feita com fins agrícolas e não destrutivos.
(Fernandes, M.Antonino, Felgueiras de Ontem e de Hoje, p.108-110)
Locais de Interesse
Igreja Matriz
Festas e Romarias: Festa de S. Pedro (29 de Junho)
fonte:http://www.cm-felgueiras.pt
Busto do Padre Zé: perto da igreja existe um busto feito à imagem do padre José, não existem muitas informações online oficiais sobre o papel desta figura nas gentes de Torrados e da população portuguesa em geral. Tal facto deve-se talvez a parte do seu reconhecimento advir da prática de exorcismos, os quais não eram reconhecidos claramente pela Igreja católica. Contudo, pelo que me diz respeito a ele devo o batismo, quanto ao resto apenas sei que é inegável a sua importância para a população de Torrados, a qual lhe valeu uma estátua. Fica um relato recolhido pelo correio da manhã de um homem que conheceu o padre Zé, mais informações sobre o dito padre perguntem a qualquer habitante de Torrados.
“Vi um padre a tirar o diabo” O taxista Domingos Simões Macedo é agnóstico, mas respeita todas as crenças. E não nega que o episódio mais marcante dos 25 anos que leva ao volante do seu carro de praça foi ver o antigo pároco de Torrados, em Felgueiras, a fazer um exorcismo.
"Eu vi o padre a tirar o diabo do corpo a uma mulher", diz este profissional, de 62 anos, com praça em Vila do Conde. E contou: "O padre de Torrados era muito conhecido no Norte do País. Ia lá gente de todo o lado pedir para ele lhes fazer exorcismos. O bispo tinha-o proibido de realizar aqueles serviços, mas ele não tinha coragem de dizer que não às dezenas de pessoas que todos os dias lá iam e continuava a fazê-los. Um dia, um senhor que já morreu bateu-me à porta à meia-noite para o levar, com a mulher, ao padre de Torrados. Eu disse-lhe que era cedo, mas ele insistiu, porque senão juntava-se muita gente, e eu lá fui. Quando lá chegámos, já lá estavam cinco pessoas. Na vez dele, a mulher não queria entrar na casa do padre. Começou a fazer caretas, a berrar, enfim, parecia fora de si. O padre lá andou de volta, até que, quando disse: ‘Sai do corpo dessa mulher’, ela caiu no chão e ficou como um cordeirinho. Isto vi eu, ninguém me contou".
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