Esta cache está situada numa zona que tem uma bonita vista tanto para a cidade de Silves como para o Rio Arade.
O Rio Arade nasce na Serra do Caldeirão e passa por Silves, Portimão e Lagoa indo desaguar no Oceano Atlântico, em Portimão, imediatamente a leste da Praia da Rocha. No tempo dos descobrimentos portugueses era navegável até às muralhas de Silves, e aí existia um importante porto. Hoje, o grande porto situa-se em Portimão.
Os vestígios arqueológicos recolhidos ao longo do tempo e expostos no Museu de Arqueologia demonstram que a região de Silves foi povoada desde a pré-história. Fenícios, Gregos, Cartaginenes, chamavam-lhe então Cilpes, nome que surge em algumas moedas romanas cunhadas nesse local no Século I a.C. Foi depois conquistada pelos Romanos e Visigodos e, no século VIII, pelos Muçulmanos que lhe chamaram Xelb e a tornaram num grande pólo cultural e capital do reino do 'Al-Gharb Al-Andalus'. Ajudado pelos cruzados e após um cerco de mês e meio em 1189, D. Sancho I, filho de D. Afonso Henriques, reconquistou-a aos Mouros dando-lhe o nome de Silves e tornando-a capital do Algarve e sede do Bispado até 1534, altura em que se transferiu para a cidade de Faro. De Silves muitos partiram ao serviço das caravelas do Infante D. Henrique, caso de Diogo de Silves, provável descobridor dos Açores.
Silves perdeu o estatuto de capital do Algarve, em parte, devido ao assoreamento do rio e hoje em dia apenas pequenos barcos aí podem navegar.
Em Silves, o Rio Arade sofre o efeito da maré fazendo com que o nível da água suba e desça diariamente criando, a certas horas, um espelho de água em frente à cidade.
This cache is located in an area with a beautiful view to Silves and the Arade River. Starting in Serra do Caldeirão, the Arade River runs through Silves, Portimão and Lagoa and flows into the Atlantic Ocean, in Portimão, east of Praia da Rocha.
During the time of the Portuguese discoveries, it was navigable till the walls of Silves, and there existed an important seaport. Today, the big port is located in Portimão.
The archaeological remains collected over time and exposed at the Archeology Museum shows that the region of Silves was populated since prehistory. Phoenicians, Greeks, Carthaginians, called it then Cilpes, name that comes up in some Roman coins minted there in the 1st century BC.
Silves was then conquered by the Romans and Visigoths and, in the 8th century, by the Muslims who named it Xelb and made it a large cultural hub and capital of the Kingdom of 'Al-Gharb Al-Andalus '. Helped by the Crusaders, and after a siege of one and a half month in 1189, King Sancho I, son of King Afonso Henriques, reconquered it from the Moors, named it Silves and made it the capital of the Algarve and the bishopric house until 1534, when it was transferred to the city of Faro.
Many departed from Silves at the service of the Infante D. Henrique's caravels, as Diogo de Silves, probable discoverer of the Azores.
Silves lost its capital status of the Algarve, in part, due to the river silting and nowadays only small boats can navigate there.
In Silves, the Rio Arade suffers the tidal effect causing the water level to rise and fall each day creating, in certain hours, a water mirror in front of the city.