
Igreja de São Dâmaso
A sua construção teve início no século XVII, tendo terminado no século XVIII, isto porque a mesma foi transladada da Rua de S. Dâmaso (ver cronologia pelo ano de 1960)
O interior é decorado com talha dourada e azulejos de finais do século XVII e do século XVIII, alusivos à vida do Papa São Dâmaso, que segundo a tradição, nasceu em Guimarães.
Igreja maneirista, de planta longitudinal, de nave única e capela-mor mais estreita, rectangulares, torre sineira quadrangular, a flanquear a fachada principal, sacristia rectangular, adossada, à fachada lateral N. e anexo, também rectangular, adossado do lado oposto.
Fachada principal da igreja em cantaria de granito, contrastando com as restantes fachadas rebocadas e pintadas, enquadrada por pilastras e rematada por frontão triangular.
Portal principal também rematado por frontão triangular encimado por janelão.
Torre sineira tardo-barroca, coroada por cúpula bolbosa.
Interior com nave coberta por abóbada de berço, com paredes ritmadas por pilastras, entre retábulos de barroco nacional. Arco triunfal em cantaria,
moldurado, fazendo a ligação à cobertura de caixotões de pedra da capela-mor. Painéis de azulejos barrocos joaninos.
Retábulo-mor maneirista, possuindo já alguns elementos usados no barroco nacional, como é o caso das colunas pseudosalomónicas.
Cronologia
1609 - O testamento de Lucas Rebelo, Abade de Santa Comba de Regilde, deixa "por herdeira universal de todos os seus bens, a Irmandade das Chagas e Cordão de São Francisco, com a obrigação de edificar uma capela para o serviço da mesma irmandade, e junto dela um hospital, para o tratamento de eclesiásticos pobres e seculares igualmente pobres de Santa Comba" (RIBEIRO, 1990);
1625 - a Irmandade das Chagas e Cordão de São Francisco compra umas casas e quintal de Diogo de Miranda de Azevedo, pela quantia de cem mil réis, com o fim de realizar as determinações do instituidor;
1636 - início provável da construção da igreja no centro do burgo de Guimarães; data gravada no altar-mor;
1641 - conclusão da capela-mor;
1644 - contrato com o Mestre Pedreiro Domingos de Freitas para a construção do corpo e frontaria do templo;
1691 - "achando-se a Capela-Mor quase em estado de ruína, foi necessário apear-lhe a parede de nascente até aos alicerces, e desmontar a abóbada e o arco cruzeiro até aos capitéis das colunas, que a sustentavam, obra que naquele tempo custara 334$500 réis" (CALDAS 1996, 337);
1692 - o entalhador Pedro Coelho aceitou executar o retábulo da capela-mor;
1694 - como o corpo da igreja ameaçava ruína tornou-se urgente reformá-lo quase desde os alicerces;
1698 - provável conclusão das obras de remodelação da nave; data inscrita no sacrário do retábulo-mor;
1702 - são encomendados a Pedro Coelho os quatro retábulos da nave "todos de perfeito estilo português" (GONÇALVES 1981, 344);
1720 - provável colocação dos azulejos, atribuídos ao monogramista P.M.P.;
1784 - referência à torre sineira, atribuída aos Mestres Pedreiros Vicente José Carvalho e João Manuel de Carvalho;
1892 - referência à sacristia;
1960 - é decidida a transladação e reconstrução da Igreja de São Dâmaso, devido ao projecto de renovação urbanística da cidade;
1962 - referência ao Campo de São Mamede junto ao Castelo de Guimarães, local onde será reconstruída a Igreja de São Dâmaso;
1966 - conclusão das obras de reconstrução;
1967, 28 Maio - a igreja é reaberta e inaugurada a nova paróquia.
Objectivo deste "Passeio por Guimarães:
Com este conjunto de caches, propusemo-nos a criar um percurso que vos vai fazer percorrer alguns dos locais mais emblemáticos de Guimarães, recentes ou com mais história, sem querer ficar presos ao "clichés" habituais de uma visita turistica, mas que encerram história, arquitectura, cultura, património e beleza em simultaneo.
O conteúdo escrito destes listings não pretende ser um apontamento de estudo, ou abarcar a história total de cada lugar que vão visitar. Pretendemos apenas fazer com que visitem o local, e saibam minimamente algo sobre o mesmo. Para mais informações recomendamos visitem o espólio da Biblioteca Municipal, onde inclusivé vai existir nas imediações uma cache com o nome "Convento de Sta. Clara".
A cache:
A cache é uma cache ?? e contém logbook e stashnote. Sejam discretos para não dar nas vistas e pede-se gentileza com o contentor.
Sempre que possivel façam C.I.T.O. ("cache in trash out" que é como quem diz "faz a cache recolhe lixo") e divirtam-se.
Esperamos que gostem.
Não tem material de escrita.
Mais uma cache by:
