A cultura do arroz teve início em Portugal por volta de 1760, na zona da Comporta, em terrenos situados junto às margens do rio Sado e que até aí nunca tinham sido aproveitados.
Esta cultura sofreu, nesta zona, uma grande expansão cerca de 1833, embora com forte oposição a nível social e político ao longo de todo o século XIX, tendo em conta as questões de salubridade pública que se levantavam com esta actividade.
Não obstante, esta cultura não mais deixou de se efectuar, voltando a sofrer um novo incremento por volta de 1950 com a construção das barragens de Pego do Altar e Vale de Gaio e respectivos perímetros de rega.
A região da Comporta e, de uma forma geral toda a região do Vale do Sado, constituem-se hoje como a maior e melhor zona orizícola do país, sendo hoje ainda, o arroz, uma das actividades económicas mais importantes em todo o estuário do Sado.
Do ponto de vista natural, os arrozais do Sado constituem áreas extremamente importantes para a alimentação de algumas espécies, nomeadamente as cegonhas e as garças.
Associada a esta importante zona de produção de arroz no Sado podemos identificar, entre outros, dois locais com especial interesse do ponto de vista do visitante que são a Carrasqueira e a Comporta.
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