Igreja Matriz de São Martinho de Mouros Traditional Cache
Igreja Matriz de São Martinho de Mouros
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Difficulty:
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Terrain:
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Size:
 (small)
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A Igreja Matriz de São Martinho de Mouros é uma das mais originais igrejas românicas portuguesas, pelas soluções construtivas empregues que lhe conferem um estatuto único na produção arquitectónica nacional dos séculos XII e XIII.
O tratamento da fachada principal, e genericamente do sector ocidental do templo, é a marca diferenciada do projecto. A frontaria integra uma verdadeira torre defensiva de dois andares, adelgaçada no registo superior e dotada de banda lombarda a suportar cornija que antecede a área sineira, esta ainda mais estreita que a restante estrutura.
![Igreja Matriz de São Martinho de Mouros](https://imgproxy.geocaching.com/12ef848cce1f534b7f62b0e5c9c6b224d5efaba3?url=http%3A%2F%2F4.bp.blogspot.com%2F-S0_pdwIF6Zo%2FTgz4T-IyunI%2FAAAAAAAAEGQ%2FR7lokKx0qHY%2Fs400%2FIgreja%252BMatriz%252Bde%252BS%2525C3%2525A3o%252BMartinho%252Bde%252BMouros.jpg)
O portal axial é de arco apontado, aberto na caixa murária e composto por quatro arquivoltas, sendo a exterior uma moldura de enxaquetados. O projecto original incluía um desaparecido alpendre, de que restam as mísulas de suporte do telhado. No interior, esta torre é suportada por três altos e apertados arcos de volta perfeita, de perfil harmónico, que parecem dotar o corpo do templo de três naves, o que não corresponde à realidade. Têm correspondência com contrafortes laterais, facto que sublinha a robustez do plano. É possível que o espaço formado pela torre, verdadeiro narthex, fosse inicialmente sobradado, o que diferenciaria funcionalmente os compartimentos inferior e superior, mas nada se pode adiantar.
As restantes parcelas do monumento obedecem a uma concepção volumétrica mais comum no nosso românico, com nave única relativamente estreita e capela-mor quadrangular, mais baixa que o corpo e acessível por arco triunfal apontado. Aqui existe uma inscrição de 1217, ano que poderá corresponder à conclusão das obras.
Na viragem para o século XVI, o interior do monumento foi enriquecido com séries de pintura mural, de que se conservam importantes vestígios a ladear o arco triunfal, concretamente a representação de São Martinho, com os seus atributos e a mão direita abençoando. Novas obras tiveram lugar nos séculos XVII e XVIII, em particular a feitura do retábulo-mor, de talha dourada com segmentação interna em colunas torsas.
No século XX, a igreja foi um dos muitos monumentos restaurados pela DGEMN. O essencial dos trabalhos ocorreu na década de 40 (com novas empreitadas nas de 60 e 70) e pautou-se pela reconstrução de inúmeros elementos, como cachorros, silhares, tectos e estruturas de acesso à torre, adulterações que correspondem, hoje, à imagem que temos do monumento: uma igreja dos séculos XII-XIII, remodelada no XX.
Additional Hints
(Decrypt)
An cnerqr, n prepn qr 1z qr nyghen, qronvkb qr hznf crdhranf rfpnqnf.