No verão de 1974 o concelho de Aljezur não possuía nenhuma viatura apropriada para o transporte de doentes para os hospitais.
|
Contactado por algumas pessoas, o Senhor Major José Manuel da Cunha, que se encontrava a passar férias na Praia do Monte Clérigo, interessou-se de imediato pelo assunto e quando regressou a Lisboa, onde residia, começou a fazer contactos com vista à obtenção de apoios para a aquisição de uma viatura para suprir tal carência.
Depois de algumas diligências, encontrou uma possibilidade de sucesso junto do Serviço Nacional de Ambulâncias, o actual Instituto Nacional de Emergência Médica. Porém, foi-lhe dito que este Serviço só estabelecia protocolos, para a cedência de ambulâncias, com Bombeiros ou Polícias.
Fundar uma Associação para criar e manter um Corpo de Bombeiros Voluntários foi o caminho a seguir. Começaram então, no concelho de Aljezur, os trabalhos para consubstanciar tão importante tarefa.
|
 |
Em 5 de Outubro de 1974, através da Circular n.º 1, a recentemente constituída Comissão Organizadora dos Bombeiros Voluntários de Aljezur fez um apelo aos filhos e amigos do concelho de Aljezur para se inscreverem como sócios e contribuírem para a concretização de tal propósito. No seu ponto 2 podia ler-se: “Tem a Comissão, para já, a promessa duma boa viatura-ambulância, para serviços de urgência, o que parece constituir um sorridente início de vida, contando para o restante com a boa vontade e o entusiasmo de todos, para tão humanitária obra a que meteu ombros”.
|
Em 29 de Outubro de 1974 foi requerido ao Governador Civil de Faro a criação da Associação e a aprovação dos Estatutos, o que veio a acontecer em 16 de Abril de 1975, através do Alvará 14/75.
Algum tempo depois já se encontrava em Aljezur a almejada ambulância.
|
|
Este foi o embrião dos actuais Bombeiros Voluntários de Aljezur (BVA).
Em torno deste projecto juntaram-se inúmeras pessoas com grande disponibilidade para, das formas mais diversas, o levarem por diante.
Em 21 de Agosto de 1975, alguns jovens, já com alguma organização, saíram para ajudar a combater um incêndio rural.
Foram organizadas várias campanhas de angariação de fundos, através de peditórios junto dos automobilistas e de festas de cariz popular, com a venda de comidas, de bebidas e de rifas.
A campanha do verão de 1975 rendeu aos BVA o montante de 26.801$30.
Desde o sonho e a determinação do seu fundador Major José Cunha, já ausente, com a dedicação e trabalho de muitas pessoas de boa vontade que deram corpo a tão meritória iniciativa, a Associação dos BVA não parou de crescer.
Com a melhoria das condições de trabalho, a aquisição de equipamentos e o aperfeiçoamento técnico, hoje, tal como no passado, o grupo de homens e mulheres que constituem os BVA, não diminuíram o empenho e a coragem de trocar o seu bem-estar pela tarefa de socorrer e confortar quem deles precisa, praticando no dia-a-dia uma verdadeira cultura de solidariedade. FAZER BEM SEM OLHAR A QUEM é o seu lema.
Para além da sua função principal, manter o Corpo de Bombeiros, é preocupação da Associação o apoio a várias actividades sócio-culturais, das quais se destaca a Banda Filarmónica que repleta de jovens com grande sentido de responsabilidade têm dignificado a arte da música e a nossa terra.
|
Os BVA, é actualmente uma unidade operacional, tecnicamente preparada, equipada e organizada, para o cabal exercício da missão que lhe é cometida nos termos da Lei. Tem como Zona de Intervenção Prioritária as freguesias de: Aljezur, Bordeira, Rogil e Odeceixe, numa área de 323.65 km2 , podendo contudo intervir em qualquer outra zona da Região ou do País, se para tal for solicitado. Constituem as suas principais missões o combate a incêndios e o socorro às populações em caso de inundações, desabamentos, abalroamentos, bem como todos os acidentes, catástrofes ou calamidades.
O Corpo de Bombeiros, conta por isso com 98 elementos e 22 veículos.
O container é uma caixa cilíndrica de plástico preto, contem um logbook e um lápis.
POR FAVOR ESCREVER SÓ A DATA E O NOME, NO FINAL COLOCAR TUDO COMO ENCONTRARAM.
SEJAM MUITO DISCRETOS.

