






A Mata Ribeirinha da Geria tem cerca de 20 hectares, é ladeada por dois cursos de água, a Vala do Norte e o leito do Rio Velho, e é, provavelmente, tão antiga quanto a Mata do Choupal.
Esta mata foi em tempos traçada para usufruto e lazer da população local, e disso nos restam marcas como a alameda de amoreiras negras e brancas, as tílias, uma araucária, castanheiros-da-índia e olaias, que são espécies predominantemente ornamentais.
Do observatório de aves, que está virado para o rio velho, é possível observar várias espécies de aves aquáticas: garça-cinzenta, garça-vermelha, garça-branca-pequena, galeirão, galinha-d'água, patos-reais e o residente mergulhão-pequeno.
» Destaques
Depressões húmidas
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São pequenas zonas húmidas, por vezes associadas às matas ribeirinhas, onde se desenvolvem plantas essencialmente aquáticas, plantas higrófitas, também conhecidas por macrófitas. Ocorrem espécies como a tabúa (Typha latifolia), o caniço (Phragmites australis) , o bunho (Scirpus lacustris) e o lírio-amarelo-dos-pântanos (Iris pseudacorus) e, por vezes, na bordadura, salgueiros (Salix spp.).
São também aproveitadas por algumas espécies de anfíbios como local de reprodução. Tratam-se de verdadeiras depuradoras, devido à elevada capacidade destas plantas para remover os poluentes da água, nomeadamente coliformes fecais e metais pesados.
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Rio velho visto do interior do observatório de aves
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Do observatório de aves, que está virado para o rio velho, é possível observar várias espécies de aves aquáticas: garça-cinzenta, garça-vermelha, garça-branca-pequena, galeirão, galinha-d'água, patos-reais e o residente mergulhão-pequeno.
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Lontra juvenil (Lutra lutra)
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Nesta mata ribeirinha estabeleceram-se diversas comunidades de animais que se manifestam no voo das borboletas, das aves ou dos morcegos consoante a altura do dia e o pico das actividades de cada espécie. As pegadas ou marcas deixadas em forma de trilho são frequentes, revelando os caminhos percorridos de noite por uma raposa, por uma lontra ou ainda a marca da passagem de um texugo, espécie que vive de forma gregária, em redes de galerias cheias de divisões, com 3 a 8 entradas, associadas a amontoados de detritos e a uma rede de trilhos bem marcados.
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Aves insectívoras

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Os bosques ribeirinhos são o ambiente adequado para as comunidades de aves insectívoras, não só devido à grande quantidade de insectos que fornecem para a sua alimentação, mas também pela grande quantidade de buracos existentes nas árvores mais velhas, que proporcionam excelentes locais para construção dos ninhos.
A biologia evolutiva destas aves permitiu-lhes adquirir especializações, como o bico fino e a capacidade de realizar acrobacias para capturar os insectos. Estas aves contribuem para o controlo natural das populações de insectos e combatem as pragas da agricultura.
O grupo mais comum é o dos Parídeos, também conhecidos por chapins (Parus spp.), que ocupam com facilidade os ninhos artificiais, outras espécies como toutinegras (Sylvia spp.) e trepadeiras (trepadeira azul - Sitta europaea e a trepadeira-comum - Certhia brachydactyla), também são comuns. Os pica-paus (Dendrocopos spp.) cortam o silêncio da mata, com o bater do bico nos troncos das árvores, na procura de larvas de insectos.
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É com esta composição que se fazem as cores de uma mata ribeirinha e se desenham os diferentes recortes e formas de folhas que atapetam os caminhos do interior da mata por alturas do Outono.
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