HISTÓRIA DA UNIDADE
Em 1 de Outubro de 1993 é criado o Regimento de Guarnição N.º3, sendo o herdeiro da história da Infantaria e da Artilharia da Madeira através do Regimento de Infantaria do Funchal e do Grupo de Artilharia de Guarnição N.º2.
A Artilharia apareceu no Arquipélago da Madeira em 1419 com João Gonçalves Zarco, tendo-se iniciado os trabalhos de fortificação e artilhamento da Madeira somente no reinado de D. Manuel. Foi a Fortaleza de S. Lourenço (atual Comando da ZMM) a primeira obra erigida e armada para defesa da Vila do Funchal contra os piratas argelinos. Durante o domínio Filipino que a Ilha é fortificada e fortemente armada, sobressaindo o Castelo do Pico, com 26 bocas-de-fogo e a Fortaleza de S. Tiago, construída em 1614 que chegou a possuir 50 peças de Artilharia.

Crachá da Companhia Caçadores - C.CAC 3324 - Angola 1971/73
(Crachá do meu Pai)
Nos anos 50, são destacadas três Companhias de Caçadores para o Estado Português da Índia. Entre 1961 e 1974, o BII fornece 74 Companhias, que operam em Angola (a grande Maioria), Guiné e Moçambique, destinando-se ainda algumas a Cabo Verde, Macau e Timor e o ex-GAG2 fornece 7 Companhias de Artilharia que operaram em Angola (2), Moçambique (3) Guiné (1) e S. Tomé (1). Nesse espaço de tempo a Unidade sofreu quase uma centena de mortos em combate sendo de realçar, pela sua excecional bravura a C. Caç 1522, cuja ação permitiu recuperar a Fazenda Madureira, nos Dembos (Angola, 1966), o que lhe valeu a Cruz de Guerra de 1ª Classe. A partir de 1975, desaparece a designação 19, adotando nome da localidade em que se encontra. Dois anos depois, transforma-se, por fim, no Regimento de Infantaria do Funchal (RIFc). É, contudo de mencionar que a população não deixou de se referir sua Unidade como “o 19”, o que mostra até que ponto ela se tornou parte integrante da realidade local.
Em 31 de Outubro de 1970, realiza-se uma já velha aspiração, ao ser transferida para as atuais instalações em S. Martinho, junto a um pico sobranceiro à cidade, ocupando um quartel recém construído e que ainda hoje, decorridos já vários anos, considerado modelar.
CONDECORAÇÕES
- Condecoração da Cruz de Guerra
O Regimento de Guarnição N.º3 ostenta a Cruz de Guerra de 1ª classe. Tal condecoração foi atribuída à Companhia de Caçadores 1522.
- Atribuição da Medalha de Ouro de Serviços Distintos.
- Atribuição de Medalha de Mérito Municipal.
DIA FESTIVO
O seu dia festivo comemora-se em 1 de Outubro, dia da criação do RG3, pelo DL nº50/93 de 26FEV e nos termos do n.º 4 do despacho 72/MDN/93 de 30JUN93.
ARMAS
- Escudo de prata, uma besta de negro e uma granada flamejante do mesmo, uma sobre a outra, ladeadas de duas cruzes de Cristo;
- Elmo militar de prata, forrado de vermelho, a três quartos para a dextra;
- Correia de vermelho, perfilada de ouro
- Paquife e virol de prata e de negro;
- Timbre: um garajau de prata;
- Condecoração: pendente do escudo a Cruz de Guerra de 1ª Classe;
- Divisa: num listel de prata, ondulado, sotoposto ao escudo, em letras de negro, maiúsculas, de estilo elzevir “DE FORÇA, ESFORÇO E DE ÂNIMO MAIS FORTE”.
SIMBOLOGIA E ALUSÃO DAS PEÇAS
- A PRATA do campo recorda as velas das embarcações que no início do séc. XV levaram navegadores portugueses a descobrir o arquipélago.
- A BESTA, antepassada da espingarda lembra a Infantaria e representa o Regimento de Infantaria do Funchal de cujas tradições o Regimento de Guarnição nº 3 é herdeiro.
- A GRANADA, simboliza o projéctil usado pela Artilharia e representa o Grupo de Artilharia de Guarnição nº 2 de cujas tradições o Regimento de Guarnição nº 3 é herdeiro.
- As CRUZES DE CRISTO recordam ajurisdição espiritual que a Ordem Militar de Cristo passou a exercer sobre os territórios descobertos com a criação de novas dioceses que, a partir do Funchal, em 1514, proliferaram por todo o ultramar português.
- O GARAJAU, elemento muito significativo da fauna ornitológica da Madeira, foi o primeiro animal vivo a ser observado na Região, o que se encontra documentado. Esta tão característica ave marinha deu o nome a um dos extremos da Baía do Funchal a “Ponta do Garajau”.
- A DIVISA “DE FORÇA, ESFORÇO E DE ANIMO MAIS FORTE”, Lus.VI-60, constitui o propósito inequívoco do Regimento de Guarnição nº 3 de utilizar os meios com que foi dotado, com toda a sua “força e esforço” e assim prosseguir “com ânimo mais forte” o cumprimento da missão.
OS ESMALTES SIGNIFICAM:
A PRATA, eloquência e riqueza;
O VERMELHO, audácia e bravura;
O NEGRO, honestidade e sabedoria.
FONTE
www.exercito.pt/sites/RG3/Infra-Estruturas/Paginas/default.aspx
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