Quando as caravelas começaram a carregar os escravos de África para Lisboa o reino transformou-se rapidamente numa mescla de cores e costumes aos poucos entre mouros e beirões os tons de uns foram-se tornando mais claros e os tons de outros foram-se tornando mais escuros acabaram-se as raças puras e Rio de Moinhos do Sado, orgulhosamente alentejana e agora um delicioso exemplo de democracia genética.
Recordam com mágoa a vergonha que passaram nos anos 50, quando a Guarda Republicana os ia buscar a casa para serem estudados por Manuel Tavares de Almeida, antropólogo, o homem queria estudar os mulatos de Alcácer do Sal, tiravam-lhes as medidas do nariz, da cabeça e chegou a vasculhar os cabelos do púbis das mulheres, um enxovalho, que Rio de Moinhos e a aldeia vizinha, São Romão não esquecem.
Peles trigueiras como a maioria dos alentejanos, os mais velhos de Rio de Moinhos agarram-se às memórias, as boas e as más, e é no centro social da terra que partilham momentos e lembranças, há sempre alguém que canta a cantiga do ladrão, a moda que animou as suas meninices e onde aqui e ali se reconhece o passado de 400 anos.
'O texto foi retirado de um trabalho televisivo de 1995, que tivemos acesso e através de conversas com as pessoas desta magnífica terra à beira do Sado.'
Pela deliciosa relação que trocámos, é com muito carinho e respeito pela história destas gentes que colocamos estas caches.
Atenção:
Esta cache é o resultado de um conjunto de 3 caches onde encontram 2 valores para desvendar esta cache bónus. Esperemos que se divirtam e que gostem deste desafio.
Com os valores obtidos nas 3 caches anteriores agora é só substituir os valores na coordenada que se segue.
N 38° 12.BC W 008° 20.076
Esta cache é pequena e contém logbook, lápis e lembranças Team Cardos.
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