Os mirtilos pertencem à família das Ericaceae, subfamília das Vaccinoiodae, género Vaccinium.
Em Portugal, o progressivo crescimento e desenvolvimento do sector alimentar e a influência dos restantes países da Europa, introduziram novos hábitos alimentares, como o consumo de pequenos frutos, nos quais se inclui o mirtilo. O nosso país, devido às suas condições edafo-climáticas, apresenta um elevado potencial para a cultura do mirtilo. Nos últimos anos assistiu-se a um aumento da área de produção, que passou de zero para cerca de quarenta e cinco hectares, com tendência para aumentar. O Alentejo e a zona do Sever do Vouga são as principais regiões de produção de mirtilo.
A produção de mirtilos pode decorrer durante os meses de Abril a Agosto combinando-se a cultura ao ar livre e a cultura protegida, desde que se proceda a uma escolha criteriosa do cultivo.
Uma plantação de mirtilos entra em produção ao fim de 4 anos, sendo possíveis produções médias de cerca de 2 kg/planta.
Quanto ao fruto, baciforme e globoso é sumarento e tem um sabor agridoce. Amadurece 2 a 3 meses após a floração. A baga é pequena, com sementes, apresenta em geral a cor azul com tonalidades variando de mais claro a mais escuro e intenso.
A cor do mirtilo é influenciada pela presença de pruína, cera epicuticular, que produz o efeito glauco responsável pela cor azul típica dos mirtilos. Esta camada cerosa constitui uma barreira importante à perda de água, impedindo o emurchecimento do fruto.
O tamanho do fruto é uma característica varietal. A baga apresenta ainda uma cicatriz, diametralmente oposta ao ápice, de dimensão e formato variáveis, segundo a espécie a cultivar. A cicatriz, quando grande e húmida, é um foco de contaminação microbiana e pode também originar depreciação pós-colheita, por perda de humidade através dela. São ainda de considerar o maior ou menor número de sementes, porque contribuem para um sabor menos acentuado e um certo grau de arenosidade conferido pela presença de escleritos, ou seja células de esclerênquima lenhificadas.
O mirtilo é utilizado na alimentação humana há já vários séculos. Existem referências que datam do Sec. XVIII, sobre o seu consumo em fresco e seco e sua utilização com fins medicinais. Atualmente o seu consumo está muito ligado à transformação e incorporação em vários produtos alimentares, conferindo-lhes uma mais-valia. Alguns destinam-se quase exclusivamente à transformação (Cranberries), outros têm uma utilização não só em fresco, como na indústria, sendo desidratados, congelados, incorporados em compotas, sumos, bebidas, vinagre, chás, tisanas e muitas outras aplicações.
O campo que podemos deslumbrar desta cache, mostra a plantação de mirtilos.
A cache é pequena e natural, contém apenas logbook pelo que é necessário levarem material de escrita.
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