
A avenida da Liberdade é uma das principais avenidas da cidade de Lisboa, liga a Praça dos Restauradores à Praça do Marquês de Pombal. Com cerca de 90 m de largura e 1100 m de comprimento, conta com várias faixas e largos passeios decorados com jardins e calçada à portuguesa.
Depois do Terramoto de 1755, o Marquês de Pombal criou o Passeio Público na área actualmente ocupada pela parte inferior da Avenida da Liberdade e Praça dos Restauradores, iniciado em 1764, e criado pelo arquiteto Reinaldo Manuel, apesar do seu nome, era rodeado por muros e portões por onde só passavam os membros da alta sociedade. Em 1821, quando os Liberais subiram ao poder, os muros foram derrubados e o Passeio foi aberto a todos.
A encosta foi alvo de grandes alterações nas décadas de 1830 e 1840 pelo arquiteto Malaquias Ferreira Leal, que introduziu um novo arranjo de jardins e fontes, com quedas de água e estátuas alegóricas que representam o rio Tejo e o rio Douro.
Após muita polémica, a avenida foi construída entre 1879 e 1886, à imagem dos Boulevards, (Ex. Champs Élysées) de Paris. A sua criação foi um marco na expansão da cidade para norte, e tornou-se rapidamente uma referência para as classes mais abastadas aí localizarem as suas residências. Muitos dos edifícios originais da avenida foram sendo substituídos nas últimas décadas por edifícios de escritórios e hotéis. Hoje a avenida ainda contém edifícios muito interessantes do ponto de vista artístico e arquitetónico, sobretudo do século XIX tardio e século XX inicial.
Há ainda estátuas de escritores como Almeida Garrett, Alexandre Herculano, António Feliciano de Castilho e outros, e um Monumento aos Mortos da Grande Guerra (Primeira Guerra Mundial) que foi inaugurado em 1931, obra de Rebelo de Andrade e Maximiano Alves, e que se situa perto do Parque Mayer. As suas qualidades cénicas, as lojas de prestígio, hotéis, teatros e edifícios históricos tornam-na um marco turístico da cidade. É considerada a 35ª avenida mais cara do mundo.
A avenida da Liberdade é ainda o palco principal dos desfiles tradicionais das festas da cidade que se executam na noite de véspera da festividade de Santo António de Lisboa (noite de 12 para 13 de junho), em que se enfeitam as ruas que ganham uma nova alegria e os bairros de Lisboa competem entre si pela "melhor marcha".
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