A freguesia de Marinhas com uma longa vida, que já ultrapassa os novecentos anos, evidencia, em resultado das actividades que marcaram a vida das suas gentes, um vasto e valioso leque de actividades tradicionais.
Ao longo dos anos o binómio mar/monte marcou o quotidiano dos marinhenses.
Sem dúvida, nas proximidades do mar, na foz dos pequenos cursos de água que aí desaguam, existiam, desde a Idade Média, explorações de sal (salinas ou marinhas ). Com o decorrer dos tempos as formações dunares e os trabalhos agrícolas terão coberto ou destruído os vestígios de uma actividade económica que, um dia, passou a designar o próprio local onde se desenvolvia.
Recentemente devido à erosão costeira que se tem feito sentir foi posto a descoberto um antigo porto de mar, que terá sido usado no escoamento do sal e que remontará à idade média ou mesmo a tempos mais remotos.
Ao mar recorria-se para fertilizar os campos. A apanha de sargaço e as campanhas do pilado foram actividades que marcaram gerações de Marinhenses. Apesar de Marinhas não ser terra de pescadores os seus habitantes, principalmente os do lugar de Cepães, encontravam na pesca artesanal e na apanha de polvos parte do seu sustento. As mulheres marinhenses apoiavam os maridos na luta do dia à dia e quando estes se deslocavam de pedra em pedra nas suas jangadas para apanharem polvos e mariscos estas ficavam nas rochas a apanhar algas que eram vendidas num entreposto .
Apesar da ligação ao mar era a agricultura que determinava a vida d’ antigamente. Era da terra que se arrancava o sustento das famílias e esta actividade está umbilicalmente ligada a uma das profissões mais emblemáticas da nossa terra: As moleiras.
As moleiras percorriam a freguesia com as suas mulas, recolhendo o milho na casa dos lavradores, que transportavam para a Abelheira, para ser moído nas azenhas ou nos moinhos, milho esse que era devolvido ao lavrador sob a forma de farinha mediante o pagamento de uma maquia (uma percentagem de farinha que era o lucro das moleiras).
Os moinhos construídos em alvenaria com as suas pesadas mós de pedra que necessitavam de ser regularmente picadas para produzirem uma farinha perfeita são um dos muitos exemplos da arte dos pedreiros e lavristas marinhenses .
Na altura, nas dezenas de pedreiras existentes nas encostas do monte, centenas de marinhenses extraíram toneladas de pedra, que serviu de base a milhares de trabalhos de cantaria que se encontram espalhados por este país fora.
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