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AS ALMINHAS Traditional Geocache

Hidden : 2/14/2013
Difficulty:
1.5 out of 5
Terrain:
1.5 out of 5

Size: Size:   micro (micro)

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Geocache Description:


AS ALMINHAS

As Alminhas são pequenos monumentos religiosos e são um dos vestígios mais importantes da arte popular portuguesa.

Os milhares de nichos, capelinhas e painéis de azulejos que se encontram ao abandono ao longo do país e que têm sido alvos fáceis do vandalismo mais gratuito. As suas imagens, representando almas de defuntos no Purgatório, suplicam a quem passa rezas e esmolas para chegarem ao Céu. Mas no estado de degradação a que muitas alminhas chegaram, bem podem agora suplicar também a quem olhe para elas próprias. Portugal é o único país que, na sequência do Concílio de Trento (1545-1563), criou os monumentos que são marcas profundas da religiosidade popular.

Portugal é o único país do mundo que possui no seu património cultural, localizadas habitualmente à beira de caminhos rurais e em encruzilhadas, as alminhas, representações populares das almas do Purgatório que suplicam rezas e esmolas e que frequentemente surgem em microcapelinhas, padrões, nichos independentes ou incrustados em muros ou nos cantos de igrejas, painéis de azulejo ou noutras estruturas independentes. Mas uma grande parte deste património representativo da religiosidade popular portuguesa está a degradar-se crescentemente, rodeada por silvas, alvo de atos de vandalismo avulso e reflexo direto e generalizado da pressa da vida atual, do abandono das zonas rurais do país e da indiferença que predomina nas autarquias em relação aos pequenos monumentos saídos da imaginação e da devoção do povo.

'As alminhas são uma criação genuinamente portuguesa e não há sinais de haver este tipo de representação das almas do Purgatório, pedindo para os vivos se lembrarem delas para poderem purificar e 'subir' até ao Céu, em mais lado nenhum do mundo a não ser em Portugal'.

'No cristianismo primitivo só havia Céu e Inferno, a ideia do Purgatório só surgiu na Idade Média, quando a Igreja, na sequência do Concílio de Trento de 1563, o impõe como dogma, numa lógica de resposta católica à Reforma levada a cabo pelos protestantes. Passava assim a haver um estado intermédio para as almas das pessoas que faleciam. E em vez do dualismo do Céu, para os bons, e do Inferno, para os impuros, criou-se um estado intermédio, um local onde durante algum tempo as almas ficariam a purificar', porém, a forma específica como em Portugal se interpretou as indicações de Trento. 'É na sequência do Concílio de Trento que são criadas as Confrarias das Almas, como forma de institucionalizar a crença no Purgatório e impor a convicção de que as almas dos mortos sairiam tanto mais cedo do Purgatório quanto mais orações e esmolas fossem feitas pelos vivos. Aliás, tudo dependia dos vivos, unicamente a eles competia sufragar as almas que esperavam pela purificação'. Mas, reflexo eventual de uma forma religiosa, emocional e sentimental própria, começam a surgir em Portugal, sobretudo a norte do rio Mondego, fruto de uma cristianização mais prolongada e vivida, pequenas representações das alminhas em sítios públicos com alminhas de mãos erguidas suplicando aos vivos orações e esmolas para poderem completar a purificação e libertar-se das contingências do Purgatório.

'Há muitas alminhas em todo o país, mas sobretudo no Norte, e alguns municípios têm seguramente centenas de alminhas com alguma relevância dispersas pelo seu território. Nas regiões do Porto e de Aveiro, e em concelhos como Arouca, Sever do Vouga, Vouzela e São Pedro do Sul, em Trás-os-Montes e por toda a Beira Interior há alminhas dispersas pelos caminhos implorando aos vivos que se lembrem delas'. A 'morte lenta' a que estão devotadas estas manifestações tão identitárias da religiosidade popular própria dos portugueses. Refere a pressa dos tempos modernos. 'As pessoas já não param para acender uma vela ou para fazer uma oração. Agora está tudo muito diferente se compararmos, por exemplo, com o século XIX, quando ainda se construíam muitas alminhas', há poucas décadas, era comum, 'a quem passasse junto às alminhas, parar, curvar-se e tirar o barrete [ou chapéu] em respeito, pôr flores, acender uma vela ou lamparina de azeite, fazer o sinal da cruz e rezar o Pai Nosso e Ave-Maria, correspondente à sigla P.N.A.M., existente como relembratório junto a muitos nichos e capelinhas que apelam às rezas cristãs'.

Na hora da morte somos todos iguais, são alminhas democráticas

Ó tu mortal que me vês Ó Almas piedosas

Repara bem como estou Que ides passando

Eu já fui o que tu és Lembrai-vos de nós

E tu serás o que eu sou'. Que estamos penando.

A CACHE

Serve para relembrar as nossas origens e os velhos costumes hoje em dia em desuso em muitos lares, elas foram erguidas numa época em que se vivia devagar, mas de modo mais intenso, calcorreavam-se caminhos rurais de pé posto, junto aos quais se 'plantavam' muitas alminhas, e se votava tempo aos antepassados com o temor reverencial de que a morte seria comungada por todos os vivos.

A Cache é um pequeno Container colocado junto de um dos muitos “ALTARES Às ALMINHAS” existente por este nosso Portugal.

Escolhi esta por estar numa terra com muita importância para mim SANTO AMARO.



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Additional Hints (Decrypt)

Qr seragr ryn rfgá ngeáf r qronvkb qr hzn tenaqr

Decryption Key

A|B|C|D|E|F|G|H|I|J|K|L|M
-------------------------
N|O|P|Q|R|S|T|U|V|W|X|Y|Z

(letter above equals below, and vice versa)