
Do antigo Hospital de Cascais apenas restam as memórias e o corpo do edifício.
Sem qualquer tipo de equipamento médico ou de mobiliário, até os cortinados já foram levados para outros lugares onde, certamente, terão mais utilidade. Lá dentro respira-se apenas o pó e sente-se as correntes de ar das janelas que, por esquecimento, não foram fechadas. O edifício já não tem pessoas, nem armários, nem macas no corredor com doentes à espera da sua vez.
O património excedentário do Hospital Condes de Castro Guimarães (bem como do Dr. José de Almeida) foi doado a cerca de 50 instituições de solidariedade social. O JR acompanhou uma das últimas recolhas que cinco instituições (Aldeia SOS Bicesse, Fundação O Século, BUS - Bens de Utilidade Pública, Associação Portuguesa de Familiares e Amigos de Doentes de Alzheimer e Fundação LIGA) fizeram, nos últimos dias de Abril, já que no final desse mês o hospital tinha de estar vazio.
Sobre o futuro do edifício, Vitor Moreira, administrador hospitalar que seguiu as operações de recolha dos bens, explicou ao JR que "dois terços deste hospital foi comprado pelo Fundo de Pensões. O resto é do Ministério da Saúde. Por isso, ou será vendido ou adaptado. O edifício de Carcavelos, por seu turno, está classificado como de interesse turístico".