A LENDA...
..."ÉS PIÑO”...
Em tempos muito recuados, uma pequena embarcação que navegava junto à costa foi apanhada em muito mar (mar mau, encapelado, furioso) e naufragou.
Dois homens, espanhóis da Galiza, sobreviveram à tragédia, diz a lenda que mercê de uma promessa feita a Nossa Senhora de construírem uma Capelinha em Sua honra se Ela lhes possibilitasse a salvação.
Quando sentiram chão firme debaixo dos pés, os dois homens – Eugénio e Márcio Esteves, segundo a Monografia de Álvaro Pereira - tomaram o facto por milagre e construíram à beira praia uma pequena igreja (Capela dos Galegos).
Mas o que da lenda interessa fundamentalmente reter é o diálogo que os dois galegos tiveram quando, ainda mal refeitos do susto, detiveram a sua atenção na prancha de madeira em que se tinham posto a salvo: dizia um que ela era feita de castanho, mas o outro, perentório no seu falar galego, garantia: "No! És Piño!” E daqui terá havido nome de Espinho.
Há, evidentemente, hipóteses mais credíveis do que esta. Nas memórias sobre os Forais das Terras Portuguesas pode ler-se (citado da Monografia de Álvaro Pereira): "(….) Espinho deve o seu nome a uma penedia espiniforme, a qualquer espinhaço da praia: há ali um lugar chamado Espinho de Terra, indicando um espinho de mar”.
Por outro lado, há quem entenda que Espinho deve o nome a um lugar que pertence, hoje como há mais de 200 anos, à freguesia de S. Félix da Marinha-Villa de Spino.
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HISTÓRIA
Na origem de Espinho está um grupo de pescadores que aí se estabeleceram pela grande abundância de peixe, pernoitando em abrigos improvisados, muitas vezes utilizando as próprias embarcações viradas ao contrário.
Já em tempos do domínio romano na região existia um castro, o chamado Castro de Ovil, povoação referenciada pela primeira vez num documento de 1013, que assentava numa pequena colina de forma circular rodeada por um fosso a Norte e Nascente e por uma ribeira a Sul e Poente, que actualmente se encontra na Freguesia de Paramos.
A devoção religiosa das gentes da região edificou ao longo dos séculos belos monumentos espalhados por Espinho e arredores. A Igreja Matriz dedicada a N.ª Senhora da Ajuda é exemplo disso; construída em 1920 e segue o estilo Neo-Romântico da segunda metade de Oitocentos.
O concelho foi criado em 1899 por desmembramento de Santa Maria da Feira.
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ACTUALMENTE
Actualmente Espinho é sede de um pequeno concelho limitado a norte pelo município de Vila Nova de Gaia, a leste por Santa Maria da Feira, a sul por Ovar e a oeste pelo Oceano Atlântico.
O município apesar de pertencer ao distrito de Aveiro, está incluída na Região Norte e sub-região do Grande Porto, pertencendo ainda à Grande Área Metropolitana do Porto.
A cidade de Espinho possui 21,11 km² de área e 31 786 habitantes, (de acordo com os censos de 2011), e é constituído por 5 freguesias.
Espinho é uma cidade diferente conhecida pela disposição das suas ruas em grelha e pela sua toponímia numérica o que confere a Espinho uma organização impar.
Cidade a beira-mar nascida tem como seu maior encanto as praias que são frequentadas anualmente por milhares de banhistas sendo a mais popular a praia da Baía.
Mas nem só de praia vive Espinho pois oferece-nos muita diversão, lazer, cultura e desporto, pois a Cidade conta com Centro Multimeios, Casino, Campo de Golfe, Biblioteca, Piscina Solar do Atlântico, Fórum de Arte e Cultura de Espinho (FACE), Centro Hípico de Espinho (CHE), Complexo de Ténis, Karting, Auditórios, Cinema, Galerias de exposição, entre outros…
Espinho é ainda uma terra de tradições com as suas origens piscatórias pratica-se ainda uma arte de pesca muito antiga que é a Arte Xávega ou Xávena que pode ser apreciada durante os meses de Verão.
Conta ainda como tradição da Feira Semanal que se realiza a 2ª feira e anuncia-se que é a maior e mais antiga feira do país.
Internacionalmente Espinho é conhecido culturalmente pelo Festival de Cinema que recebe anualmente “O CINANIMA” e pelo festival Internacional de Folclore organizado pelos grupos de Rancho como:
Rancho Folclórico dos Altos Céus – Anta
Rancho Folclórico Recordar é Viver – Paramos
Rancho Folclórico Santiago de Silvalde – Silvalde
Rancho Folclórico Semente – Grupo Cultural e Recreativo Semente – Anta.
Que com muita dedicação e através de exaustivas recolhas, se dedicam a recuperar as ricas tradições etnofolclóricas do nosso Concelho e que muito bem representam a nossa terra.
Com um cartão-de-visita tão basto e de elevado interesse não pode deixar de visitar Espinho que é uma “Terra de Gente e de Mar”...
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