O mexilhão vulgar e o mexilhão do Mediterrâneo
A cultura do mexilhão é a primeira conquicultura organizada de que há registo na Europa: um documento de 1235 já fazia referência a uma cultura sobre estacas de madeira em França. Desde então, a mitilicultura propagou-se por toda a zona de presença desta espécie, ou seja, todo o litoral europeu. Primeiro na costa atlântica com o mexilhão vulgar e depois na costa atlântica ibérica e no Mediterrâneo com o mexilhão do Mediterrâneo, cuja criação se estende até ao mar Negro. As diferentes técnicas de criação foram aperfeiçoadas no final do século XIX, época do desenvolvimento da mitilicultura como fonte de proteínas pouco onerosa. O mexilhão tornou-se então um prato muito popular na Europa ocidental.
Nome científico – Mytilus edulis (mexilhão vulgar)
Produção (UE-27) – 175.934 t (2007); 86% da produção mundial.
Valor (UE-27) – 231 milhões de euros (2007).
Principais países produtores da UE – França, Países Baixos, Irlanda, Reino Unido.
Principais países produtores a nível mundial – Idem.
Nome científico – Mytilus galloprovincialis (mexilhão do Mediterrâneo)
Produção (UE-27) – 306 934 t (2007).
Valor (UE-27) – 86 265 milhões de euros (2006).
Principais países produtores da UE – Espanha, Itália.
Principais países produtores a nível mundial – Idem.
As duas espécies de mexilhão europeias são cultivadas em meio natural. Entre Março e Outubro, consoante a latitude, o mexilhão liberta larvas que são levadas pelas correntes.
Independentemente do método utilizado, a criação de moluscos é sempre praticada em zonas ricas em plâncton.
O mexilhão é normalmente consumido cozido, mas é também apreciado cru, tal como a ostra. Na grande maioria dos casos é vendido vivo, mas pode ser vendido sob a forma de produto transformado, em conserva ou em marinada.
|