O robalo europeu
Vivendo na proximidade das costas e dos estuários ricos em microrganismos, o robalo é há já muito tempo criado em aquicultura tradicional. Os peixes entravam em lagunas ou bacias artificiais (em muitos casos, salinas) e o acesso era em seguida fechado. É o princípio da valicultura italiana e dosesterosno Sul de Espanha, que ainda se encontram em actividade. Os robalos cativos alimentavam-se então de forma natural até à sua captura. O inconveniente residia na sua voracidade, que destabilizava o ecossistema lagunar. Em determinados locais, o povoamento nestas bacias era feito pelos juvenis capturados por pescadores locais. Na década de 1960, à semelhança do que sucedeu com a aquicultura do salmão no Norte da Europa, a escassez de juvenis levou os cientistas mediterrânicos a desenvolver um processo de criação intensiva que assenta numa técnica de incubação muito complexa e na produção de alimentos específicos.
Nome científico:Dicentrarchus labrax
Produção (UE-27) – 57 893 t (2007); 92% da produção mundial.
Valor (UE-27) – 304 milhões de euros (2007).
Principais países produtores da UE – Grécia, Espanha, Itália, França.
Principais países produtores a nível mundial – Grécia, Turquia, Espanha, Itália, França, Croácia.
A reprodução do robalo é totalmente controlada em maternidades, utilizando reprodutores seleccionados nas explorações aquícolas.
A alevinagem do robalo de criação intensiva constitui um processo complexo que é fruto de extensos programas de investigação científica desenvolvidos durante as décadas de 1960 e 1970.
Foi graças ao aperfeiçoamento deste processo que a aquicultura do robalo (assim como da dourada) foi introduzida no Mediterrâneo durante a década de 1980. A fase de maternidade reveste-se de aspectos extremamente técnicos e exige pessoal altamente qualificado: é necessário velar pelas boas condições de crescimento das larvas, assegurar o bom funcionamento do sistema de recirculação, produzir os alimentos, etc. Esta necessidade conduziu a uma especialização desta primeira etapa do processo de criação. Quando existem casos de integração vertical, as maternidades europeias são geralmente independentes e vendem juvenis às explorações de engorda. A alevinagem comporta geralmente três etapas:
A compra dos juvenis às maternidades representa um dos maiores investimentos recorrentes das explorações aquícolas.
Depois de abatido, o robalo de criação é geralmente vendido fresco e limpo, sobretudo às grandes superfícies e aos restaurantes.
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