Este conjunto de caches pretende dar a conhecer a Serra da Brasfemes que, do alto dos seus 148 metros de altitude, junto ao marco geodésico, oferece um leitor de paisagem privilegiado, que abarca desde a Serra do Roxo a Este, à Bairrada a Norte, à Serra do Buçaco a Nordeste, ao vale dos Fornos e a Coimbra a Sul, às Gândaras a Oeste e aos Campos do Mondego a Sudoeste. Localmente, também é possível observar o carácter mediterrânico da paisagem, constituída por extensas vinhas e olivais, que se estendem desde os vales até às encostas das serras.
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Devido à sua excelente exposição aos ventos, outrora os cumes da Serra eram engalanados pelos moinhos de vento. No alto da Serra da Brasfemes e cabeço das Almoínhas ainda é possível ver o que resta dos moinhos. Este percurso é utilizado principalmente por amantes de BTT e Todo-o-Terreno.
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FAUNA E FLORA
Répteis
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O maior dos lacertídeos da nossa herpetofauna, o sardão (Lacerta lepida), observa-se com frequência atravessando os “carreiros” existentes na Serra de Brasfemes. Este lagarto está activo entre Março e Outubro, apresentando, normalmente, um período de hibernação no Inverno. Também a cobra-rateira (Malpolon monspessulanus) e a lagartixa-do-mato (Psammodromus algirus) são relativamente comuns. |
Macho adulto de cartaxo-comum (Saxicola torquata)
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Nos pontos mais altos das árvores e dos arbustos das Valas e do Lambaro é frequente observar o picanço-barreteiro e o picanço-real. Já o cartaxo-comum prefere empoleirar-se no alto das varas das videiras, para daí lançar os trinados do seu canto. |
Fósseis
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No calcário ficaram testemunhos da História Natural da Terra, através de um enorme legado de fósseis, que representam a profusão e diversidade do mundo vivo ao longo de milhões de anos e que atribuem a esta zona um elevado valor científico, devido à sua diversidade paleoecológica. Os grupos de invertebrados são comuns, nomeadamente, os gastrópodes, bivalves e cefalópodes. |
Águia-d´asa-redonda (Buteo buteo)
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Os ares da serra são dominados pela águia-de-asa-redonda, inconfundível com a sua coloração castanha, asas largas e cauda redonda, que aproveita as correntes de ar ascendestes para subir, para depois pairar, controlando os movimentos no solo das suas presas: ratos, cobras, insectos e aves. Aproveita os pinheiros mansos da serra para aí nidificar. As fêmeas fazem as primeiras posturas em finais de Abril e os juvenis abandonam o ninho em fins de Junho. |
Orquídeas
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Existem na Terra hà 15 milhões de anos e são consideradas as plantas mais evoluídas. Em Portugal Continental existem 53 espécies. No “chão” calcário de Souselas e Brasfemes estão já identificadas mais de dezena e meia de espécies, o que confere à zona um elevado valor conservacionista. |
Madressilva (Lanicera sp.)
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No planalto da Serra de Brasfemes e no alto do Monte das Almoinhas dominam as madressilvas e os pilriteiros, arbusto que na Primavera se cobre do branco das suas flores, que mais tarde se transformam em bagas vermelhas. |
Rosa-albardeira (Paeonia broteroi)
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Nos recantos mais escondidos, atrás de alguns tufos de arbustos, ocorre uma das espécies mais raras, a bonita rosa-albardeira, localmente conhecida como cuco, por a sua floração coincidir com a chegada dos primeiros cucos-canoros (Cuculus canorus). Trata-se de uma planta relativamente robusta, podendo atingir 70 cm de altura, com flores hermafroditas, solitárias, de cor vermelho-rosa, muito grandes ( 8 a 15 cm de diâmetro) e vistosas. A rosa-albardeira está identificada como um endemismo ibérico e, actualmente, encontra-se ameaçada devido à destruição do seu habitat natural e por ser apanhada para ornamentação. |
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