O teatro Eduardo Brazão foi edificado durante o início do século XX, tendo sido inaugurado a 27 de Fevereiro de 1921, na presença do actor Eduardo Brazão.

A iniciativa da sua construção, iniciada em 1918, deve-se à Empresa Recreativa do Bombarral, que se encarregou, depois, da gestão e direcção do espaço.

Implantado na Rua D. Nuno Álvares Pereira (na saída para Óbidos e Caldas da Rainha), este edifício destaca-se pela sua arquitectura ecléctica, com elementos arte nova. Não se sabe quem foi o autor do projecto, embora tenha sido atribuído a Palmiro Fernandes, que era o segundo Comandante dos Bombeiros Voluntários das Caldas da Rainha e simultaneamente Chefe de Conservação de Obras Públicas.
A fachada principal apresenta três panos, com o central mais alto e ligeiramente saliente. O acesso ao interior é feito através das três portas que se abrem no piso térreo, a que corresponde igual número de janelas no andar superior. Sobre estas, uma faixa com o lettring "Eduardo Brazão" e um arco de aparelho rusticado que assenta sobre as pilastras que delimitam este pano. Remata o conjunto um frontão triangular truncado no vértice. Os panos laterais são marcados pela abertura de uma janela no piso térreo e uma outra no andar superior, com verga de arco perfeito, terminando em platibanda de cantaria cega. De acordo com Luís Soares Carneiro, esta fachada apresenta notórias semelhanças com a do teatro Sá da Bandeira, em Santarém, ambos com alçado principal dominado por amplo janelão, solução que se repete em Estremoz e que parece seguir o modelo do Teatro Politeama.

No interior, a sala de planta em U, dispunha originalmente de 458 lugares distribuídos pela plateia, frisas, balcão e camarotes, beneficiando ainda de um amplo foyer e de um salão nobre sobre o átrio. Apesar dos elementos Arte Nova que se observam na guarda do grande janelão da fachada, o interior é marcado por um gosto mais geometrizante, presente nas decorações estucadas dos camarotes.
Este edifício já sofreu duas grandes intervenções de restauro, a primeira devido a um ciclone que destruiu a cobertura e tecto original da sala (em data não apurada), e a segunda em 2004.
Actualmente o teatro pertence à União Cultural e Recreativa do Bombarral, tem capacidade de 350 lugares, constituído por uma plateia e frisas de camarotes laterais no rés-do-chão e frisas de camarotes no 1º e no 2º piso. Possui também um salão nobre e fosso de orquestra.
Fontes:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Teatro_Eduardo_Braz%C3%A3o
http://www.igespar.pt/pt/patrimonio/pesquisa/geral/patrimonioimovel/detail/74631/
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