O Elemento Terra corresponde à função Sensação, na tipologia de Jung, e é o Elemento mais estável e seguro - energeticamente, aquele com a vibração mais lenta e por isso mais densa.
A Terra é o mundo do corpo, dos sentidos físicos e dos próprios objectos com os quais nos relacionamos. É a Terra que dá forma e confere realidade, solidez, estrutura, a tudo o que existe. Por isso a Terra está associada às formas - porque é com as formas q ue contactamos antes de perceber a essência que as anima. Porque a Terra se polariza nos sentidos, tende a apegar-se à sua necessidade de segurança sobre o real e desconfia de tudo o que não pode ver, tocar, cheirar. Tudo o que apela aos sentidos e ao prazer físico que nasce da relação com a matéria é um apelo à Terra que existe em cada um de nós.
A falta de afinação com o elemento Terra fala-nos da dificuldade em lidar com as questões práticas da sobrevivência, em suprir as necessidades de abrigo e sustento, em alimentar convenientemente o corpo físico, em cumprir com as obrigações do quotidiano, enfim - é não ter “os pés bem assentes” ou “plantados no chão” como diz, sabiamente, o nosso povo.
Os Signos de Terra - Touro, Virgem e Capricórnio - estão em contacto com a realidade do aqui-e-agora do mundo material. Confiam mais nos seus sentidos e no seu raciocínio prático do que nas inspirações, considerações teóricas ou intuições dos outros signos. Têm uma compreensão inata de como o mundo material funciona, com o acréscimo de paciência, preserverança e capacidade de realização que isso representa. É ao mundo material que vão buscar o sentimento de segurança.
Daí o proverbial materialismo do Touro, acumulando recursos, posses, dinheiro, automóveis, casas e pessoas a quem possa chamar de seus (Touro é o signo do apego); daí, também, a excessiva preocupação de Virgem com a ordem, a perfeição e a discriminação, escravizado por uma mente analítica e numa tentativa permanente de encontrar a forma perfeita para o mundo (Virgem é o signo do aperfeiçoamento); e daí, finalmente, a excessiva preocupação de Capricórnio com o poder, o estatuto, a imagem pública - a ambição de encontrar um lugar de relevo nas estruturas sociais - mas escravizado, por outro lado, por um sentimento de responsabilidade que o torna árido e sacrificado por obrigações que se auto-impõe e que nem sequer lhe pertencem.
Naturalmente que num Universo dividido entre matéria e espírito, a polarização no mundo prático e concreto (que é, afinal, apenas metade da vida) pode limitar a capacidade de ver para além da forma, levando a uma estreiteza de pontos de vista, a um apego à rotina e à ordem, a uma falta de habilidade para lidar com dimensões mais abstractas da vida.
No seu melhor, os signos da Terra são abertos às realidades do espírito e comprometidos com ideais maiores e mais amplos que têm o poder de guiar as suas actividades. Sob a inspiração do Céu, vivendo a responsabilidade sobre a Terra.
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