São plantas
arbustivas ou
arborescentes, com muitos ramos, de
folha persistente, que podem crescer até 5 m de altura. As suas folhas, coriáceas e verde-escuras, medem 3 a 5 cm de comprimento e cerca de 1,5 cm de largura, com um cheiro geralmente considerado agradável quando esmagadas devido ao seu
óleo essencial disposto por diversas pontuações ao longo do limbo. As folhas são inteiras, ovado-lanceoladas, agudas, em filotaxia oposta-cruzada ou decussada (o par de folhas superior encontra-se em situação cruzada com o inferior, e cada par encontra-se disposto ao mesmo nível, pecíolo contra pecíolo). As
flores, geralmente brancas (podem ter também uma coloração rosada), têm cinco pétalas e um número elevado de estames. O
fruto é uma
pseudobaga carnuda,
elipsóide, azul-escura ou negra, contendo várias
sementes. A
polinização é feita por insectos e a dispersão das sementes é efectuada por pássaros que se alimentam das bagas.
A murta-comum, também designada como mirta, mirto, murta-cheirosa, murta-cultivada, murta-das-noivas, murta-do-jardim, murta-verdadeira, murteira, murtinheira, murtinheiro, murtinho e murto, está vastamente distribuída pela região mediterrânica, sendo muito cultivada por todo o mundo. Nos
Açores é ainda designada como murtão. A subespécie
Myrtus communis tarentina,
Lineu, é designada como murta-dos-jardins ou murta-das-folhas-pequenas, sendo apreciada pela sua copa arredondada, folhagem densa e flores aromáticas. Outra espécie, conhecida como murta do Sara (
Myrtus nivellei), tem a sua área de distribuição restrita às montanhas de
Tassili n'Ajjer, na
Argélia meridional, e nos
Montes Tibestino
Chade, onde ocorre em pequenas áreas de bosques vestigiais, perto do centro do
Deserto do Sara e é considerada uma espécie em perigo de
extinção. Contudo, alguns botânicos não a consideram suficientemente distinta da
Myrtus communis para constituir uma espécie à parte.