Skip to content

ROTA DOS TRAULITEIROS :: MARRIDAS- FEIRA DOS 26 Traditional Geocache

This cache has been archived.

soLuna the secret: o TNT (container) teimou explodir noutras minas e as Marridas foram ficando sem os seus artefactos ao longo destes anos --- assinalamos este dia com a bandeirinha da paz e agradecemos a todos os que nos visitaram! Boas cachadas!

More
Hidden : 7/23/2014
Difficulty:
1.5 out of 5
Terrain:
2 out of 5

Size: Size:   other (other)

Join now to view geocache location details. It's free!

Watch

How Geocaching Works

Please note Use of geocaching.com services is subject to the terms and conditions in our disclaimer.

Geocache Description:


MARRIDAS



Foi nesta zona que as forças Republicanas tomaram posições e instalaram peças de artilharia. Protegidas à esquerda pelo rio, estendem-se para nascente ao longo da zona das Marridas, conseguindo passar para a Afeiteira através do lugar do Fontão.


O topónimo Marridas poderá derivar da palavra esmarrida que significa uma zona seca.

Daqui é possível avistar uma extensa zona de campo, zona de antigos arrozais que forma um singular e complexo mosaico agrícola. Alguns dos caminhos ali existentes foram alvo de recente requalificação, adaptando-os a percursos turísticos, ecológicos, bem como a pistas pedonais e cicláveis que proporcionam contacto direto com a natureza, ao longo do rio Vouga



O cruzeiro foi mandado edificar pela Junta da Paróquia em 1905, mas só finalizado em 1912. É possível ainda encontrar o que resta do único moinho de vento referenciado no concelho. O local é denominado de largo da Feira dos 26 porque neste local se realizava a feira mensal até meados dos anos 90. Aqui se transacionavam diversos produtos e gado.

Embora nebulosa a origem das feiras, há autores que as referenciam há cerca de 2000 ac, na Mesoptânea e no Antigo Egito. Em Portugal, a feira mais antiga que se conhece é a de Ponte de Lima, instituída em 1125. Em terras de Angeja, desconhece-se a data de início desta feira, sabe-se porém que as Memórias Paroquiais de 1758 indicam já a sua existência.

Consultando as Atas da Junta da Paróquia de Angeja, datadas do século XIX, podemos concluir que a Feira funcionou até 1848 no “citio da Feira Nova”, ano em que, por “requerimento de muitos cidadãos deste Concelho” fundamentando que o local da Feira Nova era “circunscripto e acanhado, ao mesmo passo que perigoso pelos percepissios a que pode dar lugar a sua situação num alto contiguo a hum caminho fundo” a Câmara delibera transferir a mesma para a zona do Calvário, por ser um local “ mais amplo, arejado, e proximo da Villa”.

Em 1882 como forma de se financiar, a junta da paróquia, decide taxar “os vendilhões pelo espaço de terreno que ocuparem com o negocio que estiverem fazendo, quer seja em bancos, mesas ou tarimbas, quer mesmo vendendo no chão ou em cargas.“ Esta decisão indicia a importância que a feira possuía já naquela altura. Há registos posteriores de ter havido diversas barracas de madeira e até de alvenaria, destinadas ao comércio e a pequenas tabernas. Foi durante muito tempo um dos espaços mais relevantes nas transações de gado da região.

Vacas, cavalos, porcos e outros animais menores eram negociados. O homem trazia a vara e o cabresto que serviria para levar o gado para casa e a mulher trazia a saca com o almoço e debaixo do avental a algibeira onde guardava o dinheiro.

Os porcos vinham em carros de bois, tapados com uma sarapilheira por causa do mau-olhado. Produtos hortícolas, alfaias e artefactos para a lavoura, roupa, calçado, tremoços, regueifas e o famoso pão do Fontão, tudo era possível aqui encontrar.

Aproveitando o facto do povo estar reunido, por aqui paravam alguns saltimbancos, eles eram atores, acrobatas, ilusionistas, e até domadores de feras.

O amola tesouras aproveitava para angariar alguns clientes sempre ao som da sua peculiar melodia. Alguns ourives com a sua bicicleta e a caraterística mala verde também por aqui marcavam presença. A famosa Banha da Cobra, pomada à base de vaselina e cânfora, prometia ser o alívio de quase todas as maleitas.

“Não custa 25, nem 20, nem mesmo 15, quem tiver uma nota de 10, leva esta magnifica carrada de artigos. Uma colcha para a cama da senhora, três toalhas para a mesa de jantar, este magnífico avental pintado à mão, para você usar ou oferecer a uma amiga, duas sacas do pão, e ainda sete pares de meias para o cachopo não ir para a escola com os pés a cheirar mal. Pergunta e muito bem, aquele senhor ali do lado se não há nada para os homens. Pois para os cavaleiros que trouxerem uma nota de 10, levam ainda este guarda-chuva que numa loja pagaria por ele não cinco mas sete ou oito. E porque eu hoje quero sair daqui com o camião vazio, leva ainda este conjunto de 10 lâminas para a barba e uma navalha…”

E o povo lá ia comprando convencido que tinha feito um bom negócio.

“Um para aquele senhor ali atrás, outro para esta bela menina …”

Para além de ser espaço de trocas comerciais, a feira era uma oportunidade de convívio e de descanso do árduo trabalho agrícola. Encontravam-se os amigos, os conhecidos e também os inimigos aproveitando a ocasião para alguns ajustes de contas.

Os super, os híper, o novo mercado da vila, as restrições às transações de gado, ditaram o seu declínio e abandono na década de 90 do século passado.

Additional Hints (Decrypt)

Sbv ybpny qr threen aãb iáf crybf nerf =Q AÃB RFGÁ QRONVKB QR CRQENF CBE SNIBE AÃB QRFGEHN CNGEVZÓAVB Vafvqr, guvf vf n jne cynpr. QBA'G RKCYBQR =Q QBA'G ZBIR EBPXF.. GUVF VF N UVFGBEVP CYNPR

Decryption Key

A|B|C|D|E|F|G|H|I|J|K|L|M
-------------------------
N|O|P|Q|R|S|T|U|V|W|X|Y|Z

(letter above equals below, and vice versa)