A importância da água para o Ser Humano é indiscutível. Desde os primórdios dos tempos, que o Homem reconheceu a sua dependência da água, para beber, mas também para a utilizar na manufatura de produtos, utensílios e construções.
As sociedades primitivas escolhiam para se estabelecer, preferencialmente, locais próximos de linhas de água, que lhe proporcionavam alimento e até defesa natural. Assim, desde sempre, que o Homem teve de adotar medidas para captar, utilizar e regularizar a água; poços, minas, albufeiras, fontes, entre outras.
As minas de água consistem em túneis mais ou menos compridos, onde a água proveniente de uma formação subterrânea corria naturalmente para a superfície terrestre, escavados pelo homem com o objetivo de recolher água para a rega ou para consumo doméstico. Eram feitos a meio das encostas permitindo o escoamento das águas até às aldeias sem necessidade de sistemas de elevação, ao contrário dos poços que havia essa necessidade de puxar a água à superfície. Mas nesta região da freguesia de Pousaflores não existem muitos poços por estes não serem tão eficazes no que se refere à sustentabilidade das águas devido ao tipo de terreno que pertence ao Maciço Calcário Estremenho das «Serras Calcárias de Condeixa-Sicó-Alvaiázere».
Esta mina do século XIX, tem 115 metros de comprimento. A altura varia entre 1,80 metros e 2,50 metros, e em toda a extensão a largura é de um metro (largura dos carros de mão que transportavam as terras para o exterior).
Com a chegada das canalizações de redes públicas, muito destas minas deixaram de ter a grande importância, no entanto, tratam-se de testemunhos de reconhecido valor histórico e etnográfico, que importa preservar.