Goujoim
Goujoim está situada a leste de Armamar, junto do rio Tedo. É um povoado concentrado com arquitetura característica das aldeias isoladas. Da localidade faz ainda parte o lugar da Ribeira de Goujoim.
Os inúmeros vestígios arqueológicos aqui encontrados são prova mais que evidente da ocupação remota deste lugar. Goujoim é talvez a localidade com o património arqueológico mais rico de todo o município.
O interesse arqueológico pode perceber-se se enumerarmos alguns pontos de interesse que merecem uma visita: o castro situado numa eminência rochosa voltada para o Tedo com grande parte das suas muralhas ainda intacta; a necrópole do Mogo composta por diversos túmulos, um deles antropomórfico (com a forma do corpo humano); o marco miliário, exemplar único em Portugal, só se conhecendo a existência de mais dois em Espanha; a fonte romana situada na zona do castro, o pelourinho na praça central da aldeia, exemplar único no Município, entre muitos outros.
De facto Goujoim é uma aldeia repleta de história. Sede de Concelho na primeira metade do século XVI conserva ainda a casa da Câmara (e cadeia) com a sineira medieval, atributo das residências municipais e o pelourinho (segunda metade do século XVII). A importância histórica de Goujoim está também bem patente no número de casas solarengas que preenchem o centro habitacional da aldeia, com especial destaque para a Casa Preta.
O castro de Goujoim
É a estância arqueológica mais conhecida do Município, classificado em Abril de 2013 Sítio de Interesse Público. Situa-se numa eminência rochosa sobranceira a Goujoim a cerca de 820 metros de altitude.
São bem visíveis restos de muralhas, algumas com bastante extensão e em bom estado de conservação. É possível ver também as ruínas de uma torre de vigia numa zona que se considera ter sido a entrada principal no perímetro protegido da antiga fortificação. Dentro do castro têm sido encontrados objectos diversos, nomeadamente fragmentos de cerâmica.
Próximo do castro, e numa zona que se considera ainda de sua influência, situa-se uma necrópole. No espaço existe um conjunto de sepulturas e pequenas muralhas formando um conjunto arqueológico que carece de estudo.
Existe também um marco miliário, elemento delimitatório de territórios da época e é um dos três únicos exemplares existentes na Península Ibérica. Trata-se de um Terminus Augustalis já observado e estudado por arqueólogos que confirmaram a sua importância histórica.
Na zona é possível percorrer também alguns trilhos, restos de vias romanas que por ali passavam. De resto, pela região passavam na altura algumas das mais importantes vias romanas de toda a Europa.
No seu conjunto, o Castro de Goujoim é um complexo arqueológico de grande valor que muito pode esclarecer acerca dos povos que pelas terras de Armamar passaram em determinada época, ajudando-nos a conhecer os seus costumes.
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