Esta cache pretende dar-vos a conhecer alguns dos ilustres pontos de água da cidade de Beja. Junto aos pontos (stages) marcados existe local para deixar o carro em segurança e gratuitamente. Como Beja é uma cidade bem apetrechado de ciclovias também podem usar a bicicleta para este passeio, tentei que os pontos fossem ordenados de forma a evitar “voltinhas” desnecessárias. Apreciem a beleza destes locais e façam, sempre que possível, CITO!
Stage 1 – Chafariz de Santa Clara
O se nome deve-se ao convento que se localizava onde hoje está o cemitério. Pare o carro junto ao Parque da Cidade e veja o chafariz com mais detalhe. Verá as ameias na parede – modelo do séc. XVII, possivelmente, e uma pedra, por onde corria a água, que em tempos foi uma cabeça de touro.
Stage 2 – Poço de Aljustrel
«Antes da construção do Bairro Alemão, o poço de Aljustrel ficava fora da cidade, no lado esquerdo da antiga estrada que ia para Aljustrel (...) A mais antiga referência ao principal poço de Beja, é um acórdão camarário datado de 8 de Julho de 1589. Através desse documento pretendeu-se evitar que os aguadeiros secassem a nascente que abastecia o poço. Diz ele: 'Acórdarão e mandarão que por falta de agoa irá ao poço de Aljustrel, nenhum açacal [aguadeiro] que vende agoa irá ao poço d'Aljustrel sob pena de 500 reis'. Foi restaurado no fim do século XIX assim como o pequeno chafariz que lhe fica defronte. O chafariz tem na cabeceira uma máscara, possivelmente de um deus alusivo à água, ladeada por vasos em baixo relevo, sobre pedestais. Acerca do poço de Aljustrel, dizia-se que antigamente as bruxas e os lobisomens se reuniam à meia-noite à sua volta e bailavam até de manhã. O jornal 'O Bejense' de 1872, fala-nos de um cristão-novo que confessou ter ido sobre um bode esperar o Messias ao poço de Aljustrel.»
Atenção: Neste local é aconselhável uma abordagem muito discreta e sem equipamentos. A informação que vos é pedida é legível passando de carro.
Stage 3 – Poço Largo
Junto ao Parque de Feiras e Exposições, do outro lado da estrada, existe uma pequena casinha. Lá dentro está o Poço Largo ou Poço de Mértola. Por ele passava a antiga estrada para Mértola, de que verá uma parte, se entrar na pequena estrada atrás do recinto de feiras. A estrada é cortada pela via-férrea, mas continua depois dela. Este percurso pela estrada romana para Mértola será um outro passeio.
Stage 4 – Chafariz do Cano
Com sua cabeça de touro, que serviu a zona “industrial”, com seus lagares, durante, pelo menos, 500 anos. Arquitetura infraestrutural, vernácula, eclética. O chafariz, com o seu terreiro parcialmente murado, empedrado, tanque rectangular adossado a paredão com bica central encimada por pedra de armas, constitui uma solução construtiva bem arreigada na tradição vernacular da região. Com a construção de lavadouro, adossado, o conjunto sofre uma profunda alteração, que apesar de continuar fiel aos materiais e técnicas tradicionais, como as paredes em alvenaria rebocadas e caiadas, com barras, molduras e socos caiados a cinzento e cobertura em telhado assente em asnas de madeira, apresenta por uma lado um nivelamento dos elementos decorativos, como no caso das pilastras que perdem base e capitel e se tornam em simples barras ou as cornijas claramente planificadas, o que revela influências Art Deco, combinadas com elementos revivalistas do barroco como as volutas e molduras que envolvem a bica, ou a verga curva da porta, que confere ao conjunto um carácter eclético característico da primeira metade do Séc. 20.
Stage 5 – Poço de Água Doce
Situado na zona industrial de Beja, este poço com nora, pertenceu a um monte que aí se encontrava, junto a um caminho que seguia para o “Carmo Velho” e depois para Selmes. Não existe mais informação sobre este local, mas ver esta construção perdida no meio de armazéns e oficinas é algo incrível e que nos faz pensar como as cidades mudam, como seres em permanente mutação.
Final
Descobri este local num passeio por Beja e achei que era algo tirado de um mundo perdido e tomado pela natureza! A partir deste lugar procurei outros pontos para fazer esta multi-cache... é aconselhável alguma descrição e o uso de botas impermeáveis ou galochas :)
Atenção: Abordem o GZ pelo lado das duas árvores, cuidado ao colocarem os pés com o piso ensopado.
Informações nesta Página
Procurei disponibilizar o máximo de informação para que todos pudessem conhecer melhor as etapas desta cache, para isso pesquisei diversos sítios na web, no entanto ainda faltam alguns dados, se alguém souber algo mais sobre estes caminhos da água, por favor contacte-me.
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