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PARADA DO CÔA - ALMEIDA

Parada foi uma freguesia do concelho de Almeida, distrito da Guarda com 12,6 km2 de área e 114 habitantes (2011). Densidade: 9 hab/km². Está situada na margem direita da ribeira de Noeime e a uma altitude média de 800 metros, confinado com o concelho da Guarda.
Foi extinta em 2013, no âmbito de uma reforma administrativa nacional, tendo sido agregada às freguesias de Amoreira e Cabreira, para formar uma nova freguesia denominada União das Freguesias de Amoreira, Parada e Cabreira com sede em Amoreira.
O seu orago é S. Domingos, celebrado anualmente na localidade. Domingos, fundador da Ordem dos Pregadores, nasceu em Calaruega em 1170 e morreu em Bolonha, em 1221.
Recuam a épocas imemoriais as origens das terras que formam esta freguesia, como o atestam as sepulturas escavadas na rocha, existentes em Pailobo, e os lagares talhados na pedra, provavelmente dos tempos da romanização, como a própria toponímia também parece recuar. Assim, o topónimo “Parada” estará relacionado com o local onde as caravanas dos romanos faziam ”parada”, no sentido de “local de descanso num percurso íngreme ou acidentado”. Existe em formas simples e compostas, como Parada de Cunhos, Parada de Gonta (do antropónimo germânico Gunta), etc.
Não muito longe, em Miuzela, passava a via romana que atravessava a Serra de Mesas e junto ao Côa se dividia em dois ramos laterais: o da ponte de Sequeiros e o do Jardo. Arqueologicamente notável foi o achado de uma tampa de sepultura quando se procedia à preparação de um terreno para a plantação de um pomar. A referida tampa apresenta uma inscrição funerária em latim que traduzida diz: “Aqui jaz Talabo, filho de Cenão”. Apareceram outros materiais de natureza diversa e o bloco granítico que servia de suporte à epígrafe estava assente sobre uns muretes de tijoleira, destruídos na altura.
Em 1758 era Tenente de Cavalaria, na Praça de Almeida, Manuel Vieira, natural de Parada, conforme informa o pároco de nas "Memórias Paroquiais de 1758". O mesmo pároco, além de referir as produções da terra (centeio, trigo, cevada e vinho) e a localização geográfica da aldeia, faz essencialmente referências ao património religioso nela edificado.
Parada foi um curato da apresentação do abade de Santa Maria, da Vila de Castelo Mendo, a cujo termo e concelho pertencia. Aquando da extinção do concelho de Castelo Mendo, em 24 de Outubro de 1855, a freguesia foi então anexada ao concelho de Sabugal, no qual se manteve até 12 de Julho de 1895, passando então ao de Almeida.
Actualmente, a agro-pecuária é praticada na localidade, apesar de estar a ser lentamente substituída por actividades de diferentes sectores, como é o caso da construção civil, da carpintaria e do pequeno comércio.
Hoje fazem parte do conjunto patrimonial de mais valia da povoação: as capelas de Santo António, do Senhor do Calvário e de Santo Amaro. As sepulturas cavadas na rocha, os cruzeiros espalhados pelos vários lugares pertencentes à freguesia, a Fonte da Senhora dos Remédios, o calvário, as casas típicas e os lagares. Mas é o seu Centro Histórico aquele que é de relevante interesse, destacando-se o Largo da Igreja com construções em pedra, a Igreja de S. Domingos - construção barroca com campanário de período anterior -, uma pequena capela e a casa da família Fernandes. Outro atractivo turístico desta terra é a zona do Barroco da Arbitureira. Mas Parada regista um surpreendente número de barrocos (Guincho, Pera Gorda, Estaca, Mesinha e Lapa Escura), rochedos de grandes dimensões, que os habitantes utilizavam para se esconder dos franceses, na época destas invasões.
Cuidado com os muggles pois é uma zona exposta, apesar de haver poucas casas à volta. Sejam discretos.