

Nas Inquirições de D. Afonso II, de 1220, Ardegão é citada na Terra de Aguiar de Riba de Lima. Aparece como paróquia nas Inquirições de D. Afonso III, em 1258. Encontra-se, no aludido documento, inserida no julgado de Aguiar, sob a denominação de "Parrochia Sancte Marie de Ardeguam". No ano de 1290, e Inquirições do rei D. Dinis, pertencia ao julgado de Barcelos, sendo referida como freguesia. No catálogo das igrejas, organizado em 1320, a "ecclesia de Sancte Marie de Ardeguam" aparece incluída na Terra de Aguiar de Neiva. Foi-lhe então atribuída uma taxa de 70 libras. No registo da cobrança das “colheitas” dos benefícios eclesiásticos do arcebispado de Braga, na parte respeitante às igrejas da Terra de Aguiar de Neiva, feita entre 1489 e 1493, D. Jorge da Costa declara que esta igreja rendia 619 réis e 3 pretos. Em 1528, no “Livro dos Benefícios e Comendas”, de que existe uma cópia do século XVIII na Biblioteca Nacional de Lisboa. Santa Maria de Ardegão encontrava-se anexada à igreja de Alvarães. Em 1524, Ardegão e S. Julião haviam sido anexadas a Alvarães, por carta régia de D. Manuel, por ocasião da elevação desta a freguesia. O cura de Ardegão passou, a partir desse ano, até 1834, a ser nomeado pelo reitor de Alvarães. Alguns autores atribuem-lhe como padroeira Nossa Senhora do Ó ou da Expectação. É o caso de Américo Costa e do Padre Cardoso. Pertence à Diocese de Viana do Castelo desde 3 de Novembro de 1977.

Brasão: escudo de vermelho, águia de ouro realçada de negro, entre duas faixetas ondadas de prata, carregada cada uma de uma burela ondada de azul; em chefe, rosa heráldica de prata, botoada e apontada de verde. Coroa mural de prata de três torres. Listel branco, com a legenda a negro: “ARDEGÃO – PONTE DE LIMA”.