A Casa de Vila Franca do Campo
Vila Franca do Campo é uma vila portuguesa na ilha onde São Miguel, Região Autónoma dos Açores, sede de um pequeno município com 78,00 km² de área e 11 229 habitantes (2011), subdividido em 6 freguesias. O município é limitado a norte pelo município da Ribeira Grande, a leste pela Povoação, a oeste por Lago e a sul tem litoral no oceano Atlântico.
Localiza-se à latitude de 37.71667 (37°41') Norte e longitude de 2.433 (25°26') Oeste. Frente a Vila Franca do Campo, a cerca de 1200 m do porto do Tagarete, localiza-se o ilhéu de Vila Franca, um cone litoral de tufos palagoníticos fortemente litificados, que contém no seu interior uma caldeira inundada de forma quase perfeitamente circular.
O Ilhéu de Vila Franca é desde 1993 uma reserva natural, constituindo ainda um importante local de veraneio.
História
Vila Franca do Campo foi, durante o primeiro século de povoamento, a mais importante povoação da ilha, nela se fixando Gonçalo Vaz Botelho, o capitão do donatário, e as principais instituições oficiais, como a Alfândega e a Ouvidoria, de onde o epíteto de "primeira capital micaelense". Foi elevada a vila em 1472, a segunda no arquipélago. É testemunho de seu desenvolvimento o fato de contar com hospital em época anterior à da fundação da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (1498), por efeito de disposição testamentária de D. Isabel Gonçalves que, em 1483, legou os seus haveres para a sua instituição.
Na noite de 21 para 22 de Outubro de 1522, a vila sofreu um violento terramoto a chamada "subversão de Vila Franca" - que causou um grande escorregamento de terras nas encostas sobranceiras à vila, causando um lanhar que soterrou a maior parte do povoado. Como consequência estima-se que pereceram milhares de pessoas, não apenas em Vila Franca, mas também em muitas outras povoações da ilha, tendo se registado ainda grandes escorregamentos de terras na Maia e região circunvizinha, e em Ponta Garça. A tragédia inspirou diversos escritos e, pelo menos, um romance de raiz oral intitulado "Romance que se fez d'algumas mágoas, e perdas que causou o tremor de Vila Franca do Campo", editado por Teófilo Braga. Com o intuito de reedificar a vila, o capitão donatário Rui Gonçalves da Câmara a câmara da dita vila mandaram cortar nas florestas do Vale das Furnas um grande número de cedros que aí abundavam, a fim de serem distribuídos gratuitamente pelas famílias pobres na construção de novas habitações.
Apesar da destruição, Vila Franca manteve importância regional até ao século XVIII, apenas atrás de Ponta Delgada, quando foi suplantada pela Ribeira Grande. O cronista Gaspar Frutuoso, assim a refere:
"...a antiga e nobre Vila Franca do Campo com seus ricos pomares de muitas frutas, de que está rodeada, chamada Franca porque, segundo dizem, logo no princípio, tirando os dízimos que somente se pagam a El-Rei, era franca de todas as mais coisas e direitos, para melhor ser povoada esta ilha e chamou-se do campo por ser situada em um formoso campo."
e acrescenta, sobre o seu crescimento:
"...tanto em edifícios e comércio que parecia uma pequena corte, com seus ilustres capitães e fidalguia de gente nobre, que governava com prudência e zêlo." (in Saudades da Terra).
Em Vila Franca tiveram lugar alguns dos mais importantes eventos das lutas entre os partidários de D. António I de Portugal e de Filipe II de Espanha, que culminaram na batalha naval de Vila Franca, travada ao longo do litoral sul da ilha de São Miguel a 26 de Julho de 1582.
Após a batalha, D. Álvaro de Bazam, marquês de Santa Cruz de Mudela, desembarcou na vila, aqui estabelecendo o seu quartel general e fazendo supliciar por enforcamento cerca de 800 prisioneiros franceses e portugueses, no maior e mais brutal massacre jamais ocorrido nos Açores.
Em Julho de 1562 nasceu nesta povoação Bento de Góis, que empreendeu na Ásia Central, entre 1602 e 1606, a maior viagem de exploração terrestre portuguesa e uma das maiores de sempre da história da humanidade.
Aqui está sepultada a primeira freira micaelense, Petronilha da Mota, filha de Jorge da Mota. e que, com o nome de Madre Maria de Jesus, foi a primeira abadessa do Convento de Santo André.

Resultado de um protocolo celebrado entre a Câmara Municipal e a Universidade dos Açores, este museu encontra-se organizado com um espaço central, o Museu Municipal, e três núcleos museológicos integrados na comunidade: o Núcleo museológico da Olaria, o Núcleo museológico do Forno de Loiça e o Núcleo museológico da Fábrica da Luz. Aqui poderá ver objetos de olaria, cerâmica, conhecer as artes e ofícios tradicionais e ... apreciar uma coleção de embarcações tradicionais dos Açores. Funciona, também, como centro de investigação nas áreas da Arqueologia, Etnografia e História.
Núcleo museológico da Olaria
Olaria (oficina de oleiro ou ceramista) é um local destinado á produção de objetos que utilizam o barro ou argila como matéria prima. Quando a produção destes objetos é em grande quantidade (em escala industrial), também podemos denominar uma olaria como sendo uma fábrica. Existe uma diversidade não muito grande de peças ou objetos fabricados em uma olaria e salvo exceções, o produto final corresponde a tijolos, manilhas, telhas ou louças .
História
A oficina de oleiro é considerada a mais antiga das indústrias, isto porque a humanidade, na pré-história, começou a substituir os vasos de cerâmica pelos vasilhames (utensílios domésticos) feitos de porongos, cocos e cabaças, entre outras cascas utilizados para o armazenamento de alimentos .
A manufaturada objetos do barro e o surgimento de oficinas de oleiro ocorreu no período neolítico, quando os povos ou sociedades iniciam a confeção de instrumentos mais sofisticados para sanar o problema do armazenamento ou do preparo dos produtos oriundos da produção agro-pastoril, principal característica da revolução neolítica .
produtos rústicos fabricados em uma olaria.
A oficina de oleiro, aos moldes das olarias primitivas, possuem a simplicidade como principal característica, bem diferente da produção em escala industrial.
Após coletado a matéria prima (barro ou argila), o mesmo fica exposto ao sol por determinado período para a decomposição de material orgânico. Em seguida ocorre a modelagem do artefacto desejado e logo após é estocado por um novo período para a secagem (eliminação do excesso de umidade) do mesmo. O processo final é o cozimento da peça em fornos ou em caieiras .
Equipamentos, acessórios e técnicas da olaria básica
Torno
Pesquisas arqueológicas apontam que o "torno'" (ou "roda") da modelagem da argila tem a sua origem por volta de 1000 a.C., sendo a primeira tecnologia que impulsionou as oficinais de oleiro nos critérios rapidez e perfeição de acabamento das peças. Atualmente são muito utilizados na fabricação de peças de cerâmica como obra de arte ou artesanato, não deixando de ser uma peça industrial, pois muitos processos da indústria da cerâmica utilizam-se desta antiga tecnologia .
Este aparelho, ordinariamente de carvalho, compõem-se de um estrado retangular, o "trabule" ou "trabulo", do centro da qual se ergue um eixo, o "quiço". Em torno deste, move-se o "tampo" ou "tabuão". Não há atrito direto entre a "roda" e o "trabule"; inferiormente a ela, cruzam-se duas espessas réguas, as "pombas", que efetuam esse contacto inevitável e se afastam do disco pelas "cravelhas", ou sejam, curtas espiguetas de madeira. Em face a "roda", o oleiro com a mão direita imprime-lhe frequentemente o movimento necessário, e logo, com as duas, modela a pasta e guia a curva. Mais ou menos modificada, seria esta a forma usada nas antigas olarias do velho continente, em seus primórdios e na atualidade, muito utilizada para o artesanato indígena .
Após moldados o artefacto, os mesmo ficam a secar à sombra durante um determinada tempo em prateleira chamadas de "sequeiros".
Acessórios
Um dos acessórios ao lado do torno é o "augueiro", peça destinada a manter certa quantidade de água indispensável ao trabalho.
Outros acessórios indispensáveis são: o "esquinote", um pedaço de madeira para desengrossar as peças em movimentos e o "furadouro", espécie de espátula grosseira com que se alisam as superfícies ou gravam os ornamentos.
A "placa" é um recurso utilizado, não por todos os oleiros, para espalhar a argila com um "rolo" e o auxílio de "réguas" de madeira para calibrar a espessura da massa.
Existem as "ferramentas de acabamento" e as "ferramenta de torno" utilizadas para pequenos reparos ou modelagem, pois a principal "ferramenta" do oleiro são as suas próprias mãos.
O "pirômetro" é um equipamento eletrônico para o controle da temperatura do forno.
Os "moldes" destinam-se a confecionar pequenas peças cerâmicas, podendo ser estas em gesso, de cerâmica, de vidro, de plástico, de cimento, de silicone e outros materiais.
Forno
O forno de rapé local destinado ao cozimento da argila e pode ser a lenha, elétrico ou a gás. Há inúmeros tipos e tamanhos para todas as necessidades. Os fornos feitos com tijolos refratários geralmente ocupam mais espaços, porém, são mais eficiente e rápidos no objetivo final.
As técnicas de modelagem
São três os tipos de modelagem básica (uso artesanal ou em pequenas linhas de produção)
- Modelagem de mão - técnica manual e mais primitiva, onde as peças são construídas com o uso de rolos, placas ou bolas de argila, sendo alisadas e umedecidas com as próprias mãos. Modelagem com as mãos era a técnica usada por povos primitivos e usados, na atualidade, por artesões e índios.
- Modelada em torno - utiliza-se da primeira tecnologia desenvolvida pelos oleiros: o torno e seus acessórios.
- Modelagem por drenagem ou o uso de moldes - técnica usual na fabricação em série de produtos de cerâmica, utilizando-se de moldes para a coinfecção do produto final.
-
Rolo e réguas de modelagem.
-
-
-
- Vila do Campo House
Vila Franca do Campo is a Portuguese village on the island where St. Michael, Azores, home to a small municipality with 78.00 km ² and 11,229 inhabitants (2011), subdivided into six parishes. The municipality is limited to the northern city of Ribeira Grande, east by the Village, west and south by Lake has coastline on the Atlantic Ocean.
Located at latitude 37.71667 (37 ° 41 ') North and longitude of 2.433 (25 ° 26') West. Front of Vila Franca do Campo, about 1200 m of Tagarete the port, is located the islet of Vila Franca, a littoral cone strongly lithified palagoníticos tufts, which contains within it a flooded boiler almost perfectly circular shape.
The islet of Vila Franca is a nature reserve since 1993, as well as being an important place of summer.
History
Vila Franca do Campo was during the first century of settlement, the most important town of the island, it settling Gonçalo Vaz Botelho, the captain of the donee and the main official institutions such as the Customs and the Ombudsman, where the epithet "first capital of São Miguel." It became a town in 1472, the second in the archipelago. It is testimony of its development the fact of having hospital in the days before the founding of the Holy House of Mercy of Lisbon (1498), by testamentary disposition effect of Isabel Gonçalves, in 1483, bequeathed his possessions to his institution.
On the night of 21 to 22 October 1522, the village suffered a violent earthquake called "subversion of Vila Franca" - which caused a large landslides in the hillsides to the village, causing a lanhar that buried most of the village. As a result it is estimated that thousands of people perished, not only in Vila Franca, but also in many other island settlements, having registered yet large landslides in Maia and surrounding region, and Heron Point. The tragedy inspired many written and at least a novel oral root entitled "Romance has been done d'some sorrows, and losses that caused the Vila Franca do Campo tremor", edited by Teófilo Braga. In order to rebuild the village, the donee captain Rui Gonçalves da Câmara the chamber of said village sent cut in Furnas Valley forests a large number of cedars that abounded there, to be distributed free of charge by poor families in the construction of new dwellings.
Despite the destruction, Vila Franca remained regional importance until the eighteenth century, just behind Ponta Delgada, when it was supplanted by Ribeira Grande. The chronicler Gaspar Fruitful, so the states:"... The ancient and noble Vila Franca do Campo with its rich orchards of many fruits, that is surrounded, called France because, they say, at the very beginning, taking the tithes are paid only to the King, was frank of all of the things and rights, to better be populated this island and called the field to be located in a beautiful field. "
and adds on its growth:"... Both in buildings and trade that looked like a small court, with its distinguished captains and nobility of noble people, who ruled with prudence and zeal." (In Miss Earth).
In Vila Franca took place some of the most important events of the fights between supporters of King Antonio I of Portugal and Philip II of Spain, culminating in the naval battle of Vila Franca, fought along the southern coast of the island of São Miguel July 26, 1582.
After the battle, Don Alvaro de Bazam, Marquis of Santa Cruz de Mudela, landed in the village, here establishing its headquarters and making to torture by hanging about 800 French prisoners and Portuguese, the largest and most brutal massacre ever occurred in the Azores .
In July 1562 Benedict was born in this town of Gois, who undertook in Central Asia between 1602 and 1606, the largest travel Portuguese terrestrial exploration and one of the largest ever in the history of mankind.
Here is buried the first Azorean nun, Petronilla Mota, Jorge Mota's daughter. and that, with the name of Mother Mary of Jesus, was the first abbess of St. Andrew's Convent.
Result of a protocol signed between the Municipality and the University of the Azores, this museum is organized with a central space, the Municipal Museum, and three integrated small museums in the community: the museum Core Pottery, the museum Core Furnace ware and the museum core of the Light Factory. Here you can see objects of pottery, ceramics, learn about the traditional arts and crafts ... and enjoy a collection of traditional boats of the Azores. Works also as a center of research in the areas of Archaeology, Ethnography and History.
Museum center of Pottery
Pottery (Workshop potter or ceramist) is a site dedicated to the production of objects that use the clay or clay as raw material. When the production of these objects is a large amount (on an industrial scale), we can also call a pottery as a factory. There is a diversity not very big parts or objects made in a pottery and exceptions, the final product corresponds to bricks, shackles, tiles or crockery.

History
The potter's workshop is considered the oldest industries, because this humanity, in prehistory, began to replace the ceramic pots for the bottles (household items) made of Porongos, coconuts and gourds, among other shells used for storage food.The manufactured clay objects and the emergence of potters' workshops took place in the Neolithic period, when people or companies begin confection of more sophisticated tools to solve the problem of storage or preparation of products from agro-pastoral production, the main characteristic of Neolithic revolutionProducts in "dry".
rustic products manufactured on a pottery.
The potter's workshop, the molds of primitive brick kilns, have simplicity as main feature, different from the industrial scale production.After collected the raw material (clay or clay), it is exposed to the sun for a certain period for the decomposition of organic material. Then there is the modeling of the desired artifact and soon after is stored for a further period of drying (removal of excess moisture) thereof. The final process is the cooking part in furnaces or kilns.
Equipment, accessories and basic techniques of potteryLatheArchaeological surveys indicate that the "around" (or "wheel") of clay modeling has its origin around 1000 BC, the first technology that powered the potter's workshop on criteria quickly and perfectly finish the pieces. Currently are widely used in the manufacture of ceramics as art or craft, while remaining an industrial part because many of the ceramic industry processes use up this ancient technology.This device ordinarily oak, consist of a rectangular platform, the "trabule" or "Trabulo", the center of which stands an axis, the "Quico". Around this moves the "top" or "Tabuão". There is no friction between direct "wheel" and "trabule"; inferiorly to it, intersecting two thick strips, the "doves", effecting this inevitable contact and move away from the disc by the "pegs", or may be, short wooden spikelets. Given the "wheel", the potter with his right hand often you print the necessary movement, and soon, with the two, modeling paste and guide the curve. More or less modified, this would be the form used in ancient potteries of the old continent, in its infancy and at present, widely used for the indigenous artwork.After shaped artifact, even get to dry in the shade for a certain time in shelf called "sequeiros".AccessoriesAn accessory around the side is "augueiro" garment intended to maintain a certain amount of water necessary to work.Other indispensable accessories are: "esquinote", a piece of wood to desengrossar parts in movements and the "furadouro" kind of gross spatula with that smooth surfaces or record the ornaments.The "board" is a resource used, not all of the potters, to spread the clay with a "roll" and the help of "rules" of wood to calibrate the thickness of the dough.There are the "finishing tools" and "lathe tool" used for small repairs or modeling, because the main "tool" of the potter are their own hands.The "pyrometer" is an electronic device for controlling the furnace temperature.The "mold" is intended to confecionar small ceramic parts, these may be in plaster, ceramic, glass, plastic, cement, silicon and other materials.OvenThe local snuff oven for the baking of clay and can be wood, electric or gas. There are numerous types and sizes for every need. The ovens made of refractory bricks usually takes more space, however, are more efficient and quick on the end goal.Modeling techniquesThere are three types of basic modeling (use handmade or small production lines)• Hand Modeling - manual and more primitive technique, where the pieces are built with the use of rolls, sheets or clay balls, being smoothed and wet with his own hands. Modeling hands was the technique used by primitive peoples and used, at present, by artisans and Indians.• Modelled around - is used the first technology developed by potters: the lathe and accessories.• Modeling drainage or the use of molds - common technique in manufacturing series of ceramic products, using molds for the coinfection of the final produ
Reel and modeling rules.