Contemplar Alvito
Conta a lenda que o nome da povoação vem de um facto sucedido durante uma festividade. Havia nesse dia uma corrida de touros e quando os homens tratavam de os meter nos curros, um deles escapou. Tratar-se-ia de um desses animais fugidios em dia de festa e que, segundo uns, era branco, muito branco, e por isso se chamava Alvito. Desatou a correr pela povoação fora e atrás dele algumas pessoas. O animal corria furiosamente, quem sabe e para escapar à morte que adivinhava esperá-lo.
Como; estava um dia muito quente, pouco a pouco os perseguidores do touro foram desistindo, até que só ficaram dois, mais resistentes e corajosos, que acabaram por capturar o bicho. Querem outros que Alvitre! Alvitre! tenha sido o clamor de regozijo da população quando finalmente se encontrou o animal tresmalhado, e daí teria provido o actual nome da povoação.
Assim se explica a presença do Boi nas primitivas armas do concelho, de cuja composição faziam ainda parte duas árvores e uma aranha. As árvores aludiam à balsa ou gruta onde o touro foi achado, enquanto a aranha perpetuava aquela outra aranha que, à entrada da gruta, pelas suas dimensões, apavorou os moradores. Segundo a lenda é ainda ao boi que se deve a descoberta da fonte da vila. Em termos simbólicos, o boi refere-se à agressividade e orgulho da comunidade, a aranha representa o sentido de liberdade e autonomia, enquanto as árvores aludem à organicidade do concelho.
Diz-se ainda pelos dias de hoje que o boi pode ser visto pela alvorada do dia do topo do monte a passear pelas planicies.

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