
Desfrutando de uma extensa costa debruçada sobre o Atlântico, pontuado por muitos portos estratégicos para o comércio marítimo, era natural que Portugal, e em particular o Algarve, fosse ao longo dos séculos uma das principais vítimas dos piratas e dos corsários.
A história que está feita incide sobretudo na descrição de ataques de piratas, escravatura e resgates de portugueses. Conhece-se relativamente bem as inúmeras acções punitivas contra os mesmos, nomeadamente no Oriente, mas muito pouco se sabe sobre a longa e surpreendente história dos piratas e corsários portugueses.
Ao contrário dos ingleses e franceses, estes corsários e piratas portugueses, nunca foram assumidos como heróis, sendo sempre encarados como personagens incómodas na suposta Missão de Portugal no Mundo, e nesse sentido são omitidos na História de Portugal.
Século XV - Álvaro Fernandes Palenço (ou Palencia), natural de Loulé, foi um dos mais ilustres e sanguinários corsários portugueses. Foi preso pelos mouros numa viagem a Aragão (1428). Foi nomeado patrão das galés do Algarve (1444). Saqueou as Canárias (1453). Em 1454 aprisiona algumas caravelas de Sevilha e Cádis, mandando cortar as mãos a um mercador genovês que vinha nas mesmas, sob a acusação de ter ido à Guiné. É contra ele que se insurge o rei de Castela (10/4/1454) pela violência como atacava os navios que saíam dos portos da Andaluzia. Neste último ano atacou navios ingleses.
(Fonte: http://confrontos.no.sapo.pt/page9PiratasCorsarios.html)
Recentemente foram descobertos destroços de uma embarcação ao largo da costa algarvia, sensivelmente a 2 milhas marítimas da conhecida Praia do Ancão. Foram efectuadas análises a parte dos destroços, recorrendo à técnica de datação por carbono 14. Concluiu-se que os destroços serão de meados do Século XV, coincidentes com a época em que viveu Álvaro Palenço. A partir dos finais da década de 50, daquele século, não se encontram mais registos da atividade deste temido corsário algarvio. Sendo ele natural de Loulé, crê-se que, para fugir da perseguição movida pelo rei de Castela, se terá refugiado perto da sua terra natal. Há registos que esta embarcação, entre outra carga, transportava 130.000 “pesos”, que nunca foram recuperados. Pensa-se que terá sido obra de Álvaro Palenço.
Para corroborar esta teoria soubemos que recentemente, entre as ruinas de um antigo casebre junto a uma praia, foi encontrado um pergaminho, escondido no interior de de uma cana. Esta descoberta foi mantida em segredo. Após muitas diligências e contactos, finalmente conseguimos ter acesso a este pergaminho, que agora vos damos a conhecer. O texto que se segue não é o original, mas sim o traduzido para o português actual (e também para inglês), para mais fácil compreensão:
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Enjoying an extensive coast overlooking the Atlantic, punctuated by many strategic ports for maritime trade, it was natural that Portugal, and in particular the Algarve, was for centuries one of the main victims of pirates and corsairs.
The story that is made focuses on description of pirate attacks, slavery and redemption of Portuguese. Is known relatively well the many punitive actions against them, notably in the East, but very little are known about the long and surprising history of pirates and corsairs.
Unlike the English and French, these corsairs and pirates, were never undertaken as heroes, being always seen as bothersome characters in the alleged mission of Portugal in the world, and in this sense are omitted in the history of Portugal.
15TH century - Álvaro Fernandes Palenço (or Palencia),a native of Loulé, was one of the most distinguished and bloodthirsty pirates. He was arrested by the Moors on a trip to Aragon (1428). He was appointed master of the galleys of the Algarve (1444). He sacked the Canaries (1453). In 1454 imprisons some caravels of Seville and Cadiz, ordering to cut the hands to a Genoese merchant who came in those, on charges of having gone to Guinea. It was leaning against him the King of Castile (4/10/1454) by violence as attacking ships out of ports of Andalusia. In the latter years attacked British ships.
(Source: http://confrontos.no.sapo.pt/page9PiratasCorsarios.html)
Recently, ship wrecks were discovered offshore Algarve’s coast, roughly about 2 nautical miles from the known Ancão Beach. Analyzes were carried out to part of the wreckage, using carbon 14 dating technique. It was concluded that the debris were from the middle of the fifteenth century, coinciding with the era in which Álvaro Palenço lived. From the late 50s, of that century, there are no longer records from the activity of this dreaded corsair. Being born in Loulé, it is believed that, to escape from persecution by the King of Castile, he will have taken refuge near is homeland. It is reported that this ship, among other cargo, was carrying 130,000 “pesos”, which were never recovered. It is thought that this could have been the work of Álvaro Palenço.
To corroborate this theory we knew that recently, among the ruins of an old shack beside the beach, was found a parchment, hidden inside a cane. This discovery was kept in secret. After many inquiries and contacts, we finally got access to this parchment, that now we are going to reveal. The following text is not the original, but rather translated to the current Portuguese (and also to English), for easier understanding:
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