
A pedra proveniente da pedreira era descarregada no exterior do forno e depois de selecionada de acordo com o seu tamanho, era atirada para o interior pela abertura superior. Primeiro colocavam-se as pedras de maior dimensão, para fazer a “enforma”, que é a construção de uma abóbada de modo a permitir manter a fogueira no seu interior. Depois desta abóbada feita com as pedras maiores, acabava-se de encher o forno com as restantes pedras até à abertura superior. Para o forno ficar mais estável, a pedra mais pequena era depositada junto às paredes do forno. De modo a permitir alimentar o fogo, mantinha-se uma passagem na “enforma” para a abertura inferior. A abertura superior era tapada com barro amassado para conservar o calor no interior do forno.
O forno precisava de ser aquecido muito lentamente para as pedras calcárias não rebentarem, ficando estas inicialmente com uma cor negra (operação de “defumação da pedra”). Com o aumento gradual da temperatura, as pedras calcárias passam a apresentar um tom vermelho vivo (a pedra está em “calda”). Quando a pedra passa a ficar com um aspeto mais amarelado, o fogo já pode ser aumentado porque a amálgama de pedra recém-caldeada, já suporta temperaturas superiores. Quando o fumo que saía pelos orifícios superiores passava da cor negra para o branco, significava que a pedra estava cozida e o fogo não precisava mais de ser alimentado. Normalmente a “fornada” demorava três dias e três noites em que era necessária uma constante manutenção do fogo.
O arrefecimento do forno demorava cerca de um dia.
Normalmente, a cal resultante da cozedura do calcário era peneirada para remover impurezas antes de ser vendida.
Utilizada em algumas práticas agrícolas, nomeadamente como fungicida na prevenção de certas pragas,
a cal era usada essencialmente na construção civil, segundo os métodos construtivos muito utilizados
na Bairrada e em outras regiões do país. O produto era – é – indispensável à produção de adobe de areia em que se
erguia a tradicional casa gandaresa, habitação de arquitetura com reminiscências árabes e romanas, reconhecida pelas
características da fachada principal, na maioria dos casos composta por uma sequência de janela, porta, janela e portão,
este último de maiores dimensões para acesso ou passagem de animais ao pátio interior. Para além do adobe, nas paredes,
nela eram utilizados outros materiais leves e pouco duradoiros, originários da região, como a madeira de pinho,
a pedra calcária, apenas nas cantarias, mas a cal era também usada no embelezamento das fachadas, na caiação das paredes
em branco ou com recurso a pigmentos de cor natural, habitualmente amarelos, azuis e ocres, ou ainda através da execução
de simulações de pilastras, socos e sancas.
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