Foi em 29 de junho de 2015 que oficialmente o Burro da Graciosa foi reconhecido como raça asinina autóctone, a segunda do país, após iniciativa e proposta da Associação de Criadores e Amigos do Burro Anão da Graciosa (ACABAIG), em colaboração com a Universidade dos Açores.
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O Burro da Graciosa é de pequena dimensão apresentando uma altura ao garrote média quer nos machos, quer nas fêmeas de 107 cm. A cabeça é proporcional ao corpo, sendo o seu perfil convexo a reto, o rosto é comprido, não muito largo, apresenta lábios finos, orelhas de tamanho médio de linha reta, aprumadas e orladas de preto na maioria dos animais, os olhos não são muito grandes. O pescoço é delgado e reto, com crinas curtas mais escuras ou da mesma coloração da pelagem.
Os animais são brevilíneos com o garrote ligeiramente proeminente, o dorso é levemente selado, peitoral amplo mas não muito largo, tórax não muito profundo, ventre volumoso, costados encurvado, garupa ligeiramente em ogiva e mais elevada que o garrote, espáduas são curtas. Os membros são finos com canelas robustas, cascos pequenos e proporcionados.
A pelagem é predominantemente parda-rata e ruça, com presença de lista dorsal e por vezes lista transversal. Existem alguns animais cuja pelagem é castanha ou preta. Todos tem em comum o ventre e as extremidades dos membros serem deslavados e apresentam os olhos e nariz orlados de branco.
Dados da raça |
São animais desde há muito tempo usados nas atividades agrícolas e no transporte de mercadorias e pessoas, devido à sua aptidão natural para a tração e transporte de carga. Por serem mansos e pacientes são ideais para atividades de lazer e hipoterapia.
Devido ao seu reduzido número de indivíduos, cerca e 140 distribuídos pela ilha Graciosa (100 animais) e pelas ilhas Terceira, São Jorge e Faial (40 animais), a raça encontra-se em vias de extinção.
No entanto estes animais foram no passado, abundantes na ilha Graciosa, como testemunha Félix José da Costa, em 1845 na sua “Memória Estatística e Histórica da Ilha Graciosa”, “É raríssimo o morador da ilha, que não possua um jumento, do qual se serve para toda a qualidade de serviço”.
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Sobre a cache |
Apenas fotografe os animais. Não contacte com os animais, não dê alimentos e não entre na pastagem.
A cache não está nos muros.
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