Uma luz no horizonte...
Aquela noite parecia a mais escura de todo o ano. Não que a fosse realmente, a escuridão brotava do seu interior e enegrecia tudo ao seu redor. Ao longe, o oceano permanecia admiravelmente agitado. Ondas descomunais atiravam-se ao céu cristalino, tentando desesperadamente agarrar uma nesga, um brilhozinho de luz das estrelas. A própria lua, no calendário cheia, estava magra como um cabo de uma vassoura. No meio daquela escuridão, uma luz surgiu no horizonte, uma luz que bordava a pós de estrelas a estrada da esperança. Uma luz que encandeava as curvas e contracurvas do sinuoso caminho que conduzia à segurança. Nesse momento sentiu uma luz acender-se dentro si, uma luz quente e doce que queimava a solidão que o preenchia. Após intermináveis minutos, repentinamente o mar acalmou, a lua abriu os seus olhos luminosos e as estrelas desceram até à superfície do mar. Do interior saiu um anjo luminoso, que lhe indicou o caminho seguro até ao doce e reconfortante lar.