Aberto ao público desde 25 de Julho de 1999, o Pavilhão do Conhecimento faz parte da Rede de Centros Ciência Viva. O Pavilhão do Conhecimento foi projectado pelo arquitecto Carrilho da Graça. O edifício chama a atenção de quem passa, pelo grande vazio no centro, emoldurado pelo acesso em rampa que contorna o pátio até chegar à entrada principal. Segundo Carrilho da Graça: “Quando nos aproximamos do pavilhão queremos uma imagem clara, instantânea, e mediática. Queremos construir com a sua presença a pausa, o silêncio, o intervalo com que iniciamos a visita. O percurso pelos diversos sectores expositivos é uma viagem e o edifício é a nave paralítica que nos transporta.” A escolha dos materiais, como o aço corten do guarda-corpo, a pedra lioz de revestimento e o concreto branco contribuem para a forma simples e elementar do Pavilhão.
O lioz é um tipo raro de calcário que ocorre em Portugal, na região de Lisboa e nos seus arredores (norte e noroeste), nomeadamente em Sintra. O lioz é um calcário compacto formado há cerca de 97 milhões de anos durante o período Cretáceo da era Mesozóica. Esta rocha apresenta grande abundância de fósseis, dos quais se destacam lamelibrânquios construtores de bancos de recifes designados de rudistas. Os rudistas são um grupo extinto de bivalves que existiu desde o Jurássico Superior até ao final do Cretácio da Era Mesozóica, altura em que ocorreu a extinção K-T, uma extinção em massa que teve um enorme impacto na biodiversidade da Terra e vitimou boa parte dos seres vivos da época, incluindo os dinossauros e outros répteis gigantes. Os rudistas eram organismos sedentários e viviam em mares tépidos e pouco profundos, fixando-se uns aos outros e constituindo verdadeiros recifes, por vezes de grandes dimensões.
Um calcário de origem marinha, como é o lioz, forma-se pela precipitação de minúsculos grânulos de carbonato de cálcio (micrite), a partir de águas quentes sobressaturadas. O ambiente de deposição pode encontrar-se mais ou menos próximo da linha de costa, sem que seja afectado por sedimentos provenientes do continente.
O lioz caracteriza-se por ser um calcário bioclástico (que deve a sua forma à acção de organismos vivos) e calciclástico compacto, rico em biosparite e microsparite, geralmente de cor bege, embora existam variedades com coloração que vai do cinza-claro ao rosado e ao esbranquiçado.
No local observa as pedras de liós:
No GZ, no pavimento em calcário de lioz (cor-de-rosa e cinza), também com inúmeros exemplares de fósseis turritelas.
Para registares o found desta earthcache, desloca-te ao GZ, observa o calcário de lioz e envia por email as resposta às seguintes questões:
1 - Quais os exemplares fósseis predominantes que consegues identificar no calcário de lioz?
2 - Qual a forma e tamanho máximo que poderá ter uma Turritella?
3 - Quais as formas geométricas que formam o Átmo em 3D ali perto do Gz?
4 - Qual o comprimento, aproximado das placas do calcário de lioz?
5 - (Opcional) Envia uma foto tua e/ou do teu GPS junto ao calcário de Lioz.