Skip to content

#03 PT Cobras e Lagartos Traditional Geocache

Hidden : 1/16/2016
Difficulty:
1.5 out of 5
Terrain:
1.5 out of 5

Size: Size:   other (other)

Join now to view geocache location details. It's free!

Watch

How Geocaching Works

Please note Use of geocaching.com services is subject to the terms and conditions in our disclaimer.

Geocache Description:


COBRA-DE-ÁGUA-VIPERINA

Culebra viperina,Viperine Snake

DISTRIBUIÇÃO GLOBAL
Esta espécie distribui-se pelo Noroeste de África (Marrocos, Argélia,Tunísia e Líbia) e o Sudoeste da Europa. Em África, ocupa desde ambientes tipicamente mediterrânicos até ao deserto, neste caso sempre estritamente ligada a meios aquáticos (Bons & Geniez, 1996; Schleich et al., 1996). Na Europa, a cobra-de-águaviperina encontra-se em Espanha, Portugal, Centro e Sul de França, Sudoeste da Suíça e Noroeste de Itália (Naulleau & Schätti, 1997). Está presente em algumas ilhas como Maiorca, Menorca, Sardenha e Córsega, onde a sua ocorrência parece ter resultado de uma introdução recente mediada pelo homem (Alcover & Mayol, 1981; Fons et al., 1991; Schätti, 1999; Guicking et al., 2002; Guicking et al., 2006b). No caso de Maiorca, os haplótipos observados para o citocromo b sugerem uma origem recente a partir do Sudeste de França (Guicking et al., 2006b). Está também presente, embora como espécie autóctone, nas ilhas Cíes e Ons, na Galiza (Galán & Fernández, 1993), e noutras pequenas ilhas mediterrânicas e atlânticas próximas do continente. A sua distribuição na Península Ibérica é muito uniforme (Godinho et al.,1999; Santos et al., 2002a), com excepção das regiões mais elevadas das grandes cordilheiras.

DISTRIBUIÇÃO NACIONAL
A distribuição em Portugal é praticamente contínua e homogénea, e depende fundamentalmente da ocorrência de pontos de água. É uma espécie muito comum, localmente abundante e amplamente distribuída por todo o território. É uma boa colonizadora de ambientes humanizados, encontrando-se em albufeiras de rega e barragens de construção recente desde que disponha de presas (Rugiero et al., 2000; Pleguezuelos & Feriche, 2003; Santos, 2004). Distribui-se desde o nível do mar (é possível encontrar indivíduos na zona de praia) até aos 1650 m, não demonstrando preferência por nenhum estrato altitudinal.

CONSERVAÇÃO E AMEAÇAS
Foram já detectadas reduções populacionais em muitos casos ligadas à destruição dos meios aquáticos naturais onde a espécie se alimenta.A característica dependência da água para se alimentar determina que a destruição, contaminação, redução de volume e, em geral, a perda de qualidade das massas de água, sejam factores chave no declínio das suas populações (Doré, 1989; Lizana & Barbadillo, 1997; Naulleau & Schätti, 1997; Santos et al., 2002a). O desaparecimento de pontos de água tradicionalmente usados para uso pecuário pode, também, promover a extinção de algumas subpopulações de cobra-de-água-viperina. Esta espécie pode acumular elevadas quantidades de produtos fitossanitários, usados na actividade agrícola e pecuária, e também subprodutos industriais de todo o tipo (Santos et al., 1999) embora, por enquanto, se desconheça o impacto da carga de contaminantes nas suas populações. Em áreas densamente urbanizadas, a mortalidade provocada por perseguição humana é significativa e frequente (Hailey & Davies, 1987; Santos, obs. pers.). Em algumas zonas húmidas onde as populações de cobra-de-água-viperina foram, no passado, abundantes verificou-se o seu desaparecimento quase total (Santos, dados não publicados). A alteração do habitat, o desaparecimento das suas presas, o uso de contaminantes e, em alguns casos, o aumento de predadores (aves das famílias Ardeidae e Ciconidae, e.g. Cegonha-branca) foram as causas que, combinadas, provocaram estas alarmantes extinções locais.

TAXONOMIA E FILOGEOGRAFIA
Espécie monotípica sem subespécies descritas, embora sejam reconhecidas diferenças morfológicas e de desenho dorsal entre populações africanas e europeias e, também, entre populações ibéricas (Schätti, 1982; Fahd, 2001; Santos, 2004). De acordo com Guicking et al. (2006a), a origem do género Natrix situa-se no sul da Ásia. Estes autores, com base na análise de quatro genes mitocondriais, propõem uma nova filogenia para o género onde destacam a posição basal de N. maura que divergiu do ancestral comum há cerca de 18-27 Ma. A colonização africana por esta forma ancestral aconteceu através da conexão entre as placas Afroarábica e Euroasiática, e foi seguida de uma posterior expansão para o Noroeste de África, a partir de onde N. maura, já separada das formas euroasiáticas, terá colonizado a Península Ibérica. Este cenário biogeográfico indica, por isso, uma origem africana para esta espécie (Guicking et al., 2002). A nível intraespecífico, os primeiros estudos genéticos realizados com proteínas não detectaram grande variação entre populações de ambos os lados do Estreito de Gibraltar (Busack, 1986). Posteriormente, Guicking et al. (2002) observaram maior variabilidade no gene mitocondrial citocromo b, diferenciando três linhagens (Tunísia-Sardenha, Marrocos e Europa), e destacaram o carácter monofilético das populações europeias continentais. Recentemente, Guicking et al. (2008) confirmaram a existência das três linhagens principais (Tunisina, Marroquina e Europeia) através do uso de marcadores mitocondriais e nucleares. A distância genética entre estas linhagens (3,9% a 5,6%) sugere uma evolução independente pelo menos a partir do Plioceno. Para além disto, estes mesmos autores destacaram a existência de grande variabilidade genética na Península Ibérica e no sul de França, facto que sugere a existência de vários refúgios pleistocénicos e expansões pós-glaciares posteriores. Com base nestes resultados, Guicking et al. (2008) sugerem que se reveja a taxonomia da espécie e se iniciem novos estudos que incluam análises morfológicas para determinar com precisão o estatuto sub-específico ou específico das três linhagens principais.

Additional Hints (Decrypt)

Crqenf B gevyub cnen n pnpur frthvagr #4 vavpvn ibygnaqb hz cbhpb ngeáf, rager rfgn r n pnpur #2.

Decryption Key

A|B|C|D|E|F|G|H|I|J|K|L|M
-------------------------
N|O|P|Q|R|S|T|U|V|W|X|Y|Z

(letter above equals below, and vice versa)